Carlos Pereira acusa governo regional da Madeira de beneficiar a banca

O líder do PS-Madeira e vice-presidente do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República, Carlos Pereira, acusa o governo regional de beneficiar a banca em detrimento da Região Autónoma. Em causa o acordo com o Santander para a reestruturação dos dez contratos swaps que foram contratualizados entre 2008 e 2009 por cinco empresas públicas madeirenses.

“Neste momento há várias perguntas sem resposta adequada”, analisa o socialista. “Porque desiste o governo regional dos processos jurídicos sem contrapartidas relevantes para o interesse público? O que ganha a Região ao ajudar desta forma um banco em detrimento dos madeirenses?, interroga-se.

Carlos Pereira não tem dúvidas de que “esta posição revela bem as culpas e as responsabilidades do governo insular e, sobretudo, do atual secretário regional das Finanças que está a querer resolver às três pancadas um processo de que é o principal culpado”.

Mas não é só. “Depois é preciso perguntar quem assume as responsabilidades de mais um aumento da dívida superior a 100 milhões de euros, além dos juros de mora decorrente da decisão de que agora desistiram de colocar o banco em tribunal”, acusa.

“O anúncio desta decisão exige explicações porque é uma proposta sem nenhum ganho para a Madeira e muito lucrativa para o Santander. Estamos perante um governo ao serviço dos interesses privados e da banca e contra o interesse da Região”, afirma, lembrando que é curioso que o Governo Regional tenha aceite uma proposta que o governo de Passos Coelho tinha recusado porque não defendia o interesse público”.

As operações de swaps feitas pelo PSD-M foram as únicas que não foram alvo de inquérito, nem na Madeira, nem na Assembleia da República, apesar da insistência do PS-M o para que houvesse uma comissão de inquérito na Assembleia Legislativa da Madeira e que foi chumbada pelo PSD.


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