Autoeuropa sem acordo seria uma “derrota”
O responsável da SIVA, a empresa representante da marca Volkswagen em Portugal, disse hoje que seria uma “derrota para os portugueses” se o conflito laboral na Autoeuropa “não se resolver”. Mesmo assim, Pedro Almeida afastou a hipótese dos conflitos devido a horários na fábrica do construtor alemão afectarem a entrega de veículos.
Pedro Almeida lembrou o peso da fábrica de Palmela no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a criação de emprego, pelo que “não entende que não se chegue a um entendimento”, referindo ainda o “absurdo da discussão”.
Depois da rejeição de dois pré-acordos sobre os novos horários negociados previamente com os representantes dos trabalhadores, a administração da Autoeuropa anunciou a imposição de um novo horário transitório, para vigorar no primeiro semestre de 2018, e a intenção de dialogar com a Comissão de Trabalhadores (CT) no que respeita ao horário de laboração contínua, que deverá ser implementado em Agosto, depois do período de férias.
O novo horário transitório, que entra em vigor nos últimos dias do mês de Janeiro, com 17 turnos semanais, prevê o pagamento dos sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, acrescidos de mais 25%, caso sejam cumpridos os objectivos de produção trimestrais.
Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram em dezembro uma proposta para uma greve de dois dias, em 2 e 3 Fevereiro.
A SIVA integra o Grupo SAG, responsável pela distribuição das marcas do grupo Volkswagen no mercado português, nomeadamente a Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini e Skoda.
PUB