Jovens alertados para os perigos da migração

Os jovens madeirenses precisam de estar atentos aos perigos da migração e tráfico de pessoas. O alerta é do ex-director do SEF, José Felisberto Almeida.

O ex-director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), José Felisberto Almeida, adiantou hoje que os jovens madeirenses, principalmente os alunos dos cursos profissionalizantes e “mais permeáveis ao abandono precoce da escola”, emigram cada vez mais.

Mas esta procura por uma vida melhor pode ter, contudo, efeitos contrários ao esperado. Por isso quanto mais informação, quer seja sobre o país para onde vão, quer seja sobre os aspectos legais, melhor.

Até porque, apesar dos casos de exploração de madeirenses não serem frequentes, são vários os artifícios para enganar os trabalhadores. E os casos verificados “são poucos, mas são dramáticos”, apontou, adiantando que os “castings para modelos” ou as “ofertas com alta remuneração” são para desconfiar.

O orador adiantou que estes perigos não se verificam tanto no território nacional, que oferece cada vez menos ofertas de emprego e estabilidade económica, mas no estrangeiro. E são estas dificuldades que incentivam “os estudantes para que abandonem e se dirijam normalmente para o Reino Unido, Suíça, Luxemburgo, França, locais para onde eles vão mais”

Os alertas foram deixados durante uma conferência subordinada ao tema: “Migração Ilegal e Tráfico de Pessoas”, promovida pela Escola Secundária Jaime Moniz, no âmbito do projecto “Espaço Anjos” (Prevenção dos Comportamentos de Riscos). A acção não é inédita, mas importa promover, também nas escolas dos concelhos mais rurais.

José Felisberto Almeida salientou que a intenção não é controlar estes fenómenos de saída do país, neste caso da região autónoma, mas acompanhar as evoluções do mercado laboral e as condições proporcionadas.

“No passado, muita gente se chocava quando o Governo Regional ‘controlava’ as saídas para Jersey e para as Ilhas do Canal. No entanto, essas soluções eram consolidadas, seguras e responsáveis. Hoje o que estamos a ver é cada um por si”.

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