Projecto estuda Vinho Madeira

O objetivo é analisar os fatores que determinam a qualidade dos vinhos, desde a elaboração ao envelhecimento.

Teve lugar esta tarde a apresentação pública do Projecto “Impact II – Impacto das Tecnologias de Produção na Qualidade do Vinho Madeira”. Trata-se de um projeto que resulta da colaboração entre a Madeira Wine Company (MWC) e a Universidade da Madeira (UMa).

O referido projeto visa estudar os fatores que determinam a qualidade dos vinhos Madeira desde a elaboração ao envelhecimento. Para o efeito, na vindima de 2011, foram selecionadas uvas das castas Malvasia, Boal, Verdelho, Sercial e Tinta Negra, das quais se produziram 16 vinhos que serão envelhecidos em canteiro e estufagem em condições previamente definidas.

Os vinhos serão objeto de análises químicas e organolépticas durante 36 meses com três objetivos fundamentais: comparar o processo de estufagem com o envelhecimento em canteiro e analisar o seu impacto na qualidade química e organoléptica; otimizar o processo de estufagem; e estudar o impacto da qualidade das uvas.

Muito do conhecimento que temos sobre o Vinho Madeira é empírico e hoje em dia isto não nos chega. Por isso, temos que ter uma base cientifica para podermos determinar o que é que faz do Vinho Madeira um produto genuíno. Ou seja temos de ir à molécula”, explicou Francisco Albuquerque, enólogo da MWC.

Registe-se que o envelhecimento em canteiro será realizado num tradicional armazém de calor da MWC, enquanto a estufagem será realizada nas instalações da Universidade da Madeira, que dispõe de uma escala piloto para a estufagem de vinhos com dez cubas de aço inox de 2001, totalmente autónomas e de controlo automático de funcionamento.

Ao intervir na apresentação do projeto, o secretário regional do Ambiente e dos Recursos Naturais frisou que espera que a investigação se traduza “na melhoria da qualidade” do Vinho Madeira.

Nos últimos tempos, as vendas de Vinho Madeira têm crescido essencialmente nos produtos de qualidade, de maior valor acrescentado e com maior antiguidade. Portanto, isso é um indicador do mercado que o futuro se deve fazer apostando-se, essencialmente, nessa diferenciação. E esse projecto é um contributo para essa diferenciação”, apontou Manuel António, acrescentando que “o objectivo final é chegar ao aumento de vendas”.

O governante salientou, ainda, a importância da parceria com a UMa, referindo que se trata de “um requisito fundamental na articulação entre a nossa sociedade, a nossa economia e a universidade”.

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