Biometria facial pode vir a ser utilizada nos interrogatórios

Freitas de Magalhães destaca a abertura do Ministério da Justiça para esta área de investigação.

Freitas de Magalhães, psicólogo e atual diretor do Laboratório de Expressão Facial da Universidade Fernando Pessoa, foi o orador convidado para a conferência intitulada: “De que falamos quando falamos da face humana”, que decorreu hoje à tarde no Campus da Penteada.

Com um trabalho pioneiro nesta área de investigação, o responsável explicou que a análise da expressão facial assume importância em vários sectores, como sejam a educação, a saúde e a justiça. Sendo que, nesta última área, tem havido uma certa abertura por parte do Ministério de Justiça.

“Através da gravação em vídeo e em áudio dos interrogatórios e inquirições, quer judiciais, quer policiais, isto nos permitirá depois observar as incongruências emocionais e dar um contributo, em prova, para que a justiça seja mais verdadeira”.

Freitas de Magalhães sublinhou que estes métodos que estão em avaliação em Portugal, há muito que são utilizados nos Estados Unidos. Ainda que, por cá, estejam dependentes da alteração do Código Penal e do Código de Processo Penal. “Portugal, a adotar esta tecnologia, está a dar passos significativos”.

Esta conferência, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Psicologia da Universidade da Madeira, contou ainda com a presença do diretor da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco e de representantes académicos da Universidade da Madeira.

[fblike style=”standard” showfaces=”false” width=”450″ verb=”like” font=”arial”] [fbshare type=”button”]


PUB