João Rodrigues não assume favoritismo

João Rodrigues não se considera favorito nos Jogos Olímpicos de Londres mas aponta aos lugares cimeiros da vela, na classe RS:X.

O velejador madeirense avança para a sexta participação olímpica consecutiva e começa a competir já na próxima terça-feira. “Fora do lote de favoritos há um lote de velejadores que pode chegar aos lugares cimeiros da classificação. Eu sou um deles mas também o Ricardo Santos (Brasil), Ivan Pastor (Espanha), Toni Wihelm (Alemanha) e o Byron Kokalanis (Grécia)” mas os que têm mais pressão sobre resultados, diz o português, estão bem identificados: “Nick Dempsey, velejador da casa e que ainda este ano sagrou-se vice-campeão do mundo; o francês Julien Bontemps, atual campeão do mundo e medalha de prata em Pequim; Dorian Van Rijesselberge, o holandês voador, campeão do mundo no ano transato e vencedor do evento teste dos Jogos Olímpicos no ano passado; o israelita Sahar Zubari, medalha de bronze em Pequim é um favorito em condições de vento fraco, e o polaco Premiesev Miarksinsky, que se sagrou campeão Europeu na Madeira este ano, pode ter uma palavra a dizer em condições de vento médio a forte.”

Contudo, João Rodrigues não fecha a porta a eventuais surpresas. “Da Ásia podemos esperar de tudo em condições extremas, seja de vento muito fraco ou muito forte, pois os velejadores de países como a China e Coreia do Sul têm potencial nessas condições respetivamente”, diz o atleta.
O velejador, de 40 anos, natural da Madeira, está há muito em Londres em treinos. No dia 18 recebeu o equipamento que vai usar nos Jogos Olímpicos e para já deixa os maiores elogios à Neil Pryde. “A sensação geral é a de que a fornecedora do equipamento fez um bom trabalho. Nos primeiros dias de treino, com o novo equipamento, ainda apanhámos resquícios das frentes atlânticas, com frio e chuva à mistura, mas também com vento, o que deu para testar o equipamento nessas condições. Nos últimos dias, finalmente o sol apareceu, parou de chover, mas em contrapartida, o vento desapareceu quase por completo. Um dia com seis nós é uma dádiva”, diz com a natural boa-disposição que o caracteriza.
João Rodrigues só começa a competir na próxima terça-feira, dia 31 de Julho, dia para o qual estão agendadas as duas primeiras regatas. Com essa ‘folga’ em termos de tempo de preparação, o velejador diz fazer questão de estar na cerimónia de abertura marcada para esta sexta-feira. “Pode ser a derradeira vez que tenha essa oportunidade e gostaria de viver estes Jogos Olímpicos tão intensamente quanto possível”, afirma.

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