Sindicato de Hotelaria admite greve no natal e fim de ano

Se as entidades patronais insistirem em retirar direitos aos trabalhadores como o pagamento dos feriados e as horas extras.

O sindicato de Hotelaria da Madeira promoveu, esta tarde, um plenário de dirigentes e delegados sindicais que teve como finalidade planificar as ações de protesto e luta a levar a efeito nas empresas a partir do dia 14 de agosto. Em causa estão algumas medidas do novo Código do Trabalho, nomeadamente a retirada dos três dias de férias, o pagamento do trabalho prestado nos feriados e as horas extras, medida cuja o sindicato está contra. No final do encontro, Adolfo Freitas, presidente da direção do Sindicato de Hotelaria admitiu a convocação de greves na quadra do natal e no fim do ano.

“Nós vamos fazer o nosso trabalho de casa que é falar com as empresas, mas se as empresas não quiserem ouvir os trabalhadores da hotelaria e restauração e as entidades patronais continuarem a abusar do poder que lhe foi dado pelo governo, com retirada de direitos aos trabalhadores, é evidente que vamos intensificar a luta entre a quadra do natal e o fim do ano. Se as entidades patronais assim o quiserem irão te-lá (greve)”, vincou.

O sindicalista contestou o Código de Trabalho e alertou para o facto deste prejudicar muito os trabalhadores da hotelaria vão ser fortemente penalizados.

“Nós somos uma indústria de laboração contínua, ou seja, temos de trabalhar sábados, domingos e feriados, para assegurar o serviço que a empresa tem para oferecer ao cliente. Antes do dia 1 de agosto os trabalhadores deste sector recebiam um feriado normal a 150% e o dia de natal a 250%. Com esta alteração os trabalhadores vão ser penalizados porque o governo deu poder à entidade patronal para decidir se quer pagar 50% do valor do feriado ou dar uma compensação de apenas quatro horas, isto significa que os trabalhadores vão perder em média por ano cerca de 500 euros só em feriados”, explicou.

Adolfo Freitas esclareceu ainda que Segurança Social (SS) também será penalizada com este novo Código de Trabalho porque “os trabalhadores ao deixarem de receber os feriados é menos dinheiro que é entregue à Segurança Social, de 500 euros apresentado pelo trabalhador, a SS perde cerca de 175 euros” exemplificou.

A partir do dia 14 de agosto o Sindicato de Hotelaria vai recolher assinaturas nas empresas, junto dos trabalhadores, será uma forma de protestar e exigir às empresas que continuem a aplicar aquilo que está no contrato dos trabalhadores, férias, feriados e horas extras iguais sem as alterações do novo Código de Trabalho.

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