Partidocracia

Nos países comunistas (cujo maior exemplo era a União Soviética, mas onde se distinguiam as designadas repúblicas populares socialistas do Leste, a China ou Cuba), o poder político é sempre escolhido pelo comité central do Partido Comunista, sem que as populações possam interferir, pois vigora o sistema de partido único.

Na República Democrática Popular da Coreia (Coreia do Norte), país governado, desder a sua fundação, logo após a II Guerra Mundial, pelo estalinista Partido dos Trabalhadores da Coreia, o poder passou de Kim-Il-sung para o seu filho Kim Jon-il e, com a recente morte deste, para o seu filho Kim Jong-Un, em autêntica monarquia comunista.

No Bloco de Esquerda, que procura construir “uma esquerda socialista e popular” e que é uma plataforma que uniu o PSR (de tendência comunista trostskista e então liderado por Francisco Louçã) à UDP (de tendência comunista leninista-estalinista) e ao Movimento Política XXI, o seu líder anuncia abandonar a liderança e aponta os substitutos João Semedo e Catarina Martins para uma direcção bicéfala que será o expoente das quotas de género. Ninguém poderá estranhar, dado o método da escolha, a razão por que Louçã nunca experimentou uma direcção destas na sua liderança.

Na Madeira, ouve-se que Alberto João Jardim será o responsável pela escolha do seu sucessor no PSD. As lideranças fortes, tantas vezes enaltecidas por comentadores de fraco espírito democrático, gostam de escolher os seus sucessores.

[twitter style=”vertical” float=”left”][fbshare type=”button”] [fblike style=”standard” showfaces=”false” width=”450″ verb=”like” font=”arial”]