Parlamento Europeu levanta imunidade a Le Pen
O Parlamento Europeu aprovou o levantamento da imunidade parlamentar de Marine Le Pen, a candidata presidencial francesa, que poderá ser julgada por ter publicado imagens da violência do Estado Islâmico no Twitter.
A líder da Frente Nacional, partido da extrema-direita francês, recusou ser interrogada no âmbito do caso por um juiz de instrução, em Abril de 2016, invocando a sua imunidade parlamentar. Agora, sem imunidade, pode ver o procurador responsável retirar as acusações, prolongar a investigação com autorização de um magistrado ou fazer com que Le Pen vá já a julgamento. A publicação de imagens violentas pode levar a uma pena de três anos de prisão e mais 75 mil euros de indemnização.
Marine Le Pen publicou no Twitter, em Dezembro de 2015, uma fotografia da execução do fotojornalista James Foley. A família do refém do Daesh executado em 2014 pediu a Le Pen para a retirar, o que acabou por fazer depois de ter gerado polémica.
“Eu sou deputada, faço o meu papel quando denuncio o Daesh”, afirmou hoje no Parlamento Europeu, depois da votação que lhe retirou a imunidade parlamentar.
A Frente Nacional, recorde-se, está a ser investigada devido a suspeitas de empregos fictícios de assistentes de deputados no Parlamento Europeu. A imunidade de Le Pen já foi levantada pelo Parlamento Europeu, em 2013. E foi processada em 2015 por “incitar à discriminação devido a crenças religiosas”, quando comparou muçulmanos a orar em público à ocupação nazi de França durante a Segunda Guerra Mundial.
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