União Europeia não reconhece eleições de domingo na Venezuela

A União Europeia (UE) pode não reconhecer as eleições de domingo na Venezuela e Portugal já disse que subscreve a declaração do Serviço Europeu de Acção Externa da UE. A Comissão Europeia expressa sérias dúvidas se o resultado da eleição poderá ser reconhecido”

“Uma Assembleia Constituinte, eleita em condições duvidosas e com frequentes circunstâncias violentas não pode ser parte da solução. (A Assembleia eleita) aumentou a divisão e deslegitimará mais as instituições eleitas democraticamente na Venezuela”, disse a porta voz da Comissão Europeia Mina Andreeva, numa conferência de imprensa em Bruxelas.
O ministério português dos Negócios Estrangeiros também já emitiu entretanto um comunicado sobre a situação na Venezuela, dizendo que se “revê na declaração desta manhã do Serviço Europeu de Acção Externa da UE”.

“O Governo português lamenta profundamente a evolução dos acontecimentos na Venezuela. A recusa expressa por parte de importantes sectores políticos e sociais pela via seguida e a violência que rodeou o ato eleitoral, fazem com que não se tenha dado ontem nenhum passo para a resolução da crise política naquele país”, apontou o ministério liderado por Augusto Santos Silva. “Só com um compromisso político inclusivo que envolva o regresso à normalidade constitucional e no quadro de um calendário eleitoral mutuamente acordado entre as partes é que se conseguirá encontrar um caminho que tenha em conta o pleno respeito pelos direitos humanos, pela separação de poderes, pelo livre exercício dos direitos civis e políticos e, em geral, pelos princípios do Estado de Direito”.

O acto eleitoral de domingo ficou marcado por repressão e vítimas mortais. A Justiça confirmou dez mortos.


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