MONTANHA RUSSA

EM ABRIL… DIFICULDADES MIL[O adágio popular não é bem assim, mas nos tempos que correm e com grande parte do país em seca extrema, esta versão parece-me mais atualizada.] Na realidade, o mês de abril chegou e com ele vieram também as anunciadas medidas de austeridade para a Região Autónoma da Madeira, que trazem até nós cada vez mais problemas e novas dificuldades. Os cortes começaram ainda em março, pois no recibo de vencimento desse mês já encontrámos menos euros do que aqueles que vínhamos recebendo, por um lado devido à atualização das taxas de IRS que nos confisca mais dinheiro e, por outro lado, o subsídio de insularidade, habitualmente pago em março, este ano foi eliminado. Depois chegou abril e com ele uma chuva… de aumentos, pois as novas taxas do IVA e do imposto sobre produtos petrolíferos tem implicações imediatas no supermercado e nas bombas de gasolina, ou seja, no quotidiano de todos nós. É claro que estes aumentos terão consequências na já débil economia regional, com toda a certeza haverá uma diminuição do consumo e o pequeno comércio irá, em breve, ressentir-se. Basta ver o que está a acontecer no país, onde a despesa continua a subir (sobretudo com as prestações sociais) e a receita fiscal a diminuir, para perceber que esta fórmula apenas trará desemprego e mais recessão. Aliás, a noção de que a situação não está a melhorar e que serão necessárias mais medidas de austeridade vem do próprio governo que a conta-gotas, e com muitas contradições pelo meio, vai deixando sair novas informações sobre, por exemplo, a extensão do corte dos subsídios de férias e de Natal para além de 2013. Esta notícia, que surgiu com a costumeira passividade do povo português, foi aceite quase sem contestação… como se a democracia em que vivemos fosse algo meramente simbólico, afinal o poder de quem decide parece ilimitado.

É também dentro desta linha que surge a decisão de suspender até 2014 as reformas antecipadas… a decisão, tomada de forma sub-reptícia, foi rapidamente validada pelo Presidente da República e logo publicada em Diário da República, não há dúvidas que ser governo em Portugal é muito fácil.

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