Açores com programa pioneiro de prevenção de comportamentos de risco

O Secretário Regional da Saúde destacou ontem a importância do novo programa “Prevenir em Família e na Comunidade”, cuja formação teve início em Ponta Delgada, indo de encontro à estratégia regional de promoção de hábitos de vida saudável e prevenção de comportamentos de risco. “Este projeto abrange crianças dos 6 aos 11 anos e é um projeto de competências parentais, ou seja, nós vamos envolver toda a família neste processo”, frisou.

O programa desenvolvido, através da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, consiste na adaptação à Região, do Programa de Competências Familiares, adaptado para a realidade ibérica pela Universidade das Ilhas Baleares – Espanha, e que visa fortalecer os fatores protetores na família e diminuir os de risco.

Concretiza-se assim uma das prioridades constantes do programa do Governo Regional que definia a necessidade de apoiar as famílias no seio das quais surgem problemas com comportamentos aditivos e dependências.

É uma iniciativa pioneira no país com uma base de intervenção já referenciada como uma estratégia eficaz de prevenção do uso e abuso de drogas, por parte da União Europeia.

Durante três dias decorrem ações de formação destinadas a profissionais de saúde, da área da solidariedade social, da educação e das instituições particulares de solidariedade social.

Esta formação é ministrada pelo Professor Luís Ballester, da Universidade das Ilhas Baleares, formado em Sociologia e Diplomado em Trabalho Social. “Este é um projeto demonstrativo da interação entre os vários departamentos do Governo. Estão aqui representadas as áreas da saúde, das dependências, da solidariedade social e da educação e é nessa base comum que nós vamos atuar” explicou Rui Luís.

O programa, que começa a ser aplicado em setembro, prevê nos 2 primeiros anos a prevenção seletiva, dirigida às famílias de crianças sinalizadas, com problemas de consumos de álcool e tabaco. “No fundo o que se pretende é melhorar os relacionamentos familiares e ajudar as famílias a perceber o fenómeno que existe dentro de casa, e ajudar a alterar comportamentos” salientou o titular da pasta da saúde.

Numa segunda etapa a intervenção será realizada em função das necessidades territoriais, de acordo com do estudo sobre as dependências que está a ser desenvolvido por um grupo de trabalho da Universidade dos Açores.

Rui Luís acredita que “durante o ano de 2018 será possível atuar território a território, com intervenções que vão variar consoante o grau de prioridade, características e necessidades deste próprio território”.


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