Funchal: Desafio é compatibilizar o uso e a preservação da orla costeira [VÍDEO]

Especialistas debatem os contrastes ambientais nas áreas costeiras. Funchal participou no estudo.

Os trabalhos realizados no âmbito do projeto internacional SECOA – Soluções para os Contrastes Ambientais nas Áreas Costeiras foram apresentados, hoje à tarde, na Câmara Municipal do Funchal.

“É um projeto europeu, onde o Funchal é uma das cidades que participa ativamente, porque visa estudar exaustivamente e monitorizar as cidades com orla costeira, no sentido de preservar num horizonte temporal alargado esse mesmo património”, disse Miguel Albuquerque, presidente da Câmara Municipal do Funchal.

De referir que a orla costeira do Funchal tem cerca de 13 quilómetros e, por parte das várias entidades competentes, o grande desafio é “compatibilizar o uso da orla costeira, para fruição e lazer da população, e ao mesmo tempo evitar a deterioração dessa mesma orla costeira e dos seus ecossistemas”.

José Manuel Simões, coordenador nacional do projeto SECOA, falou da importância de estudar os conflitos existentes nas áreas costeiras, lembrando que a cidade do Funchal foi escolhida para incluir o estudo devido às suas características únicas, nomeadamente o facto de se desenvolver num anfiteatro.

“O Funchal tem problemas e tem potenciais. Os problemas alguns estão em vias de resolução e o que o SECOA pretende é recomendar um conjunto de ideias de apoio à tomada de decisão política, sobretudo naquilo que tem a ver com o ordenamento do território, com o urbanismo, com o desenvolvimento das cidades e com a qualificação dos territórios”.

Por outro lado, sendo a Região Autónoma da Madeira amplamente dependente do turismo, é importante a sustentabilidade dos territórios. Até porque, a exemplo do 20 de Fevereiro, há um “conjunto de situações incontroláveis”.

O coordenador nacional disse mesmo que, hoje em dia, teríamos mais cuidado na construção das infraestruturas no Funchal, de modo a evitar uma aproximação perigosa ao litoral, mas que agora, feitas as obras, “importa olhar para o futuro e para aquilo que é possível fazer de melhor, em termos de uma utilização mais qualificadora do território”.

A apresentação do projeto internacional SECOA – Soluções para os Contrastes Ambientais nas Áreas Costeiras contou ainda com a presença do coordenador internacional, Armando Montanarii (Universidade La Sapienza), e do coordenador regional, Raimundo Quintal.

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