Venezuela: Falta de medicamentos leva menina quase a morrer por causa de arranhão

Uma menina de 3 anos quase morreu na Venezuela porque os hospitais locais não possuíam os medicamentos necessários para tratar a infecção provocada por um arranhão no joelho. A história de Ashley Pacheco, reportada pela agência de notícias Associated Press, evidenciou mais uma vez a grave crise hospitalar e de escassez de medicamentos enfrentada pelos venezuelanos atualmente.

A condição médica de Ashley começou com uma febre duas semanas depois de um tombo que resultou em um simples arranhão no joelho, em julho. Seus pais a levaram a uma clínica em Caracas, onde os médicos disseram que ela logo se recuperaria. Como a febre não cessava, o casal levou a criança a outros três hospitais, mas nenhum deles possuía o antibiótico ou quartos disponíveis para interná-la.

No quarto hospital, os médicos diagnosticaram uma infecção bacteriana e ministraram a última dose de antibiótico que tinham em estoque. Em casa, Ashley continuou a piorar.

Um raio-x mostrou que a bactéria havia se espalhado do machucado no joelho para um dos pulmões, que estava entrando em colapso. Os médicos informaram a necessidade imediata de uma drenagem torácica e de novas doses de antibiótico, mas os medicamentos estavam em falta no Hospital Universitário de Caracas – o quinto por onde a família passou – e em praticamente todos os outros hospitais e farmácias da cidade.

Ashley Pacheco, 3 anos, senta em uma cadeira na varanda do Hospital Universitário de Caracas, Venezuela (Ariana Cubillos/AP)
Ashley Pacheco, 3 anos, senta em uma cadeira na varanda do Hospital Universitário de Caracas, Venezuela (Ariana Cubillos/AP)