“Devemos fazer mais do que falar em turismo sustentável”

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo afirmou que não basta falar em turismo sustentável, apelando a práticas e ações que sejam um caminho concertado entre todos os agentes do setor para um desenvolvimento responsável dos Açores. “Falar em crescimento implica termos presente todas as questões que permitem a sustentabilidade dos Açores, enquanto local único e estratégico, permanentemente com uma visão local a uma escala global”, salientou Marta Guerreiro, que falava sexta-feira na abertura do 3.º Festival ‘Sentir o Pico’.

Numa altura em que se assinala o Ano Mundial do Turismo Sustentável, Marta Guerreiro participou também numa tertúlia sobre este tema, frisando que “estreitar a barreira entre o local e o global deve ser sempre uma prioridade, não só do Governo Regional, mas de todos os agentes, sejam públicos ou privados, que possam contribuir para colocar o nome dos Açores num contexto sempre mais amplo”.

Na sua intervenção, a Secretária Regional afirmou que “a diversificação dos produtos turísticos é fundamental para um destino cada vez mais sustentável”. “Temos uma panóplia de atividades em terra e no mar que se coadunam com a ‘certificação pela natureza’ pela qual já somos reconhecidos, mas é prioritária para nós a construção de rotas específicas para cada ilha, que envolvam todos os setores de atividade”, frisou.

“No caso concreto do Pico, podemos realçar como produtos primários, nos quais temos vindo a desenvolver as nossas linhas estratégicas, as atividades como o whale watching, o mergulho, a pesca desportiva, os passeios de barco, o birdwatching, o geoturismo e os passeios pedestres, que assumem aqui um controlo fortíssimo por esta poderosa montanha”, salientou a titular da pasta do Turismo, para quem estes produtos relacionados com a natureza devem fazer parte de um pacote mais complexo de experiências a serem vividas pelos turistas.

Marta Guerreiro referiu ainda “a importância que os eventos culturais e a gastronomia, neste ímpar conceito de adega, onde mais importante que fazer vinho, é a arte de bem receber, representam para a dinâmica desta ilha, bem como a possibilidade de um ‘touring’ cultural à paisagem protegida da cultura da vinha do Pico, com elevada importância, já que foi classificada como Património Mundial pela UNESCO”.


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