Projeto europeu ‘irá contribuir para que Açores sejam região dinâmica e inovadora’

A Diretora Regional dos Assuntos Europeus afirmou ontem, em Ponta Delgada, que o projeto ‘Ilhas de Inovação’, no âmbito do programa INTERREG Europa, irá contribuir “para os Açores que queremos: uma região dinâmica e inovadora”, utilizando “todas as oportunidades de apoio que a União Europeia coloca ao serviço das suas regiões” e preparando a Região para o pós 2020.

Célia Azevedo, que falava durante a abertura da reunião dos parceiros regionais do projeto ‘Ilhas de Inovação’, considerou que com “a criação de redes e com o envolvimento e o contributo de todos será possível alavancar, nas suas mais variadas perspetivas, a inovação tendo em vista a diversificação económica”.

Por seu lado, o Diretor Regional da Ciência e Tecnologia, também presente neste encontro, defendeu que apesar “dos constrangimentos típicos das regiões insulares, como a perda de população jovem e talentosa”, que se depara com a limitação de oportunidades de emprego, também são reconhecidas “as vantagens das ilhas em relação aos territórios continentais”.

Bruno Pacheco afirmou, nesse sentido, que “a própria condicionante do isolamento pode desencadear um envolvimento mais forte da comunidade e favorecer a criação dos ambientes ideais para a existência de ‘laboratórios vivos’ e ‘bancos de ensaio’ de projetos inovadores”.

A Diretora Regional dos Assuntos Europeus sublinhou ainda que esta rede permitirá dotar o projeto com “toda a informação, perceção e ideias da política pública de inovação da Região”, mas também incluir “todos os atores desta hélice quádrupla” pois só com o envolvimento e contributo de autoridades públicas, academia, agentes económicos e sociedade civil se pode constituir “uma rede inclusiva, agregadora e difusora de conhecimento”.

Segundo o Diretor Regional da Ciência e Tecnologia, a participação dos Açores em projetos europeus, como este que agora se inicia, “é de vital importância”, na medida em que “a Região pode aprender com os parceiros que já estão em fases mais avançadas no processo [de inovação]”, podendo, por isso, “adaptar modelos e políticas às especificidades do nosso arquipélago”.

Presentes nesta reunião, que marca o arranque do projeto, estiveram diversos departamentos do Governo dos Açores, para além do Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia, Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores, Centro Regional de Apoio ao Artesanato, Universidade dos Açores, Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, INOVA e Nonagon, podendo o grupo vir a ser alargado, no decurso do projeto, cuja primeira fase decorre até 2019.

Este projeto, ligado ao Programa Operacional Açores 2020 e à Estratégia de Especialização Inteligente RIS3, pretende identificar, elencar, sistematizar e introduzir melhorias nas políticas de inovação, potenciando o empreendedorismo e novas atividades e produtos nos parceiros do projeto, nomeadamente os Açores, Madeira, Província da Frísia (Países Baixos), Guadalupe (Região Ultraperiférica de França), Samso (Dinamarca), Kuressaare (Estónia) e a Região do Egeu do Norte (Grécia), para além de promover o intercâmbio de boas práticas entre estas regiões e dentro das regiões.

O projeto “Ilhas de Inovação” foi aprovado em novembro de 2016 com um orçamento global de cerca de um milhão e seiscentos mil euros e irá decorrer entre 2017 e 2021.


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