Belmiro de Azevedo morreu aos 79 anos
Belmiro de Azevedo, empresário que liderou o grupo Sonae e um dos homens mais ricos do país, morreu esta quarta-feira, aos 79 anos, no Hospital da CUF, no Porto, onde estava internado desde segunda-feira.
Licenciado em Engenharia Química, a primeira experiência profissional do empresário natural de Marco de Canaveses foi na Efanor (Empresa Fabril do Norte). Entrou para a Sonae no final da década de 1960, assumindo o controlo da empresa em 1974.
Sob a sua liderança, o grupo Sonae transformou-se num império, com investimentos em várias áreas: do retalho (com marcas como o Continente, Modelo, Worten, Sport Zone e vários centros comerciais por todo o país), à comunicação social (jornal Público), passando pelas telecomunicações (Optimus, agora Nos), e pelo turismo (Troia Resort).
Em 1983, levou a Sonae para o mercado de capitais, com uma capitalização bolsista de 500.000 contos (o equivalente, à cotação de hoje, a mais de 2 mil milhões de euros, e tornou-se também no principal accionista.
Durante anos, Belmiro de Azevedo liderou a lista dos mais ricos de Portugal, mas viu a sua fortuna cair com a redução da capitalização bolsista da Sonae. Em 2017, o ranking da Forbes colocou Belmiro de Azevedo no terceiro lugar dos mais ricos de Portugal, com um fortuna avaliada em 1,4 mil milhões de euros, figurando também na lista dos mais ricos do mundo.
Retirou-se da presidência executiva da Sonae em 2007, mas foi só aos 77 anos, em Abril de 2015, que abandonou por completo a administração do grupo. Deixou o grupo a cargo dos seus filhos, Paulo Azevedo e Cláudia Azevedo.
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