Estivadores garantem contratos sem termo para 23 estivadores precários
O Sindicato dos Estivadores manifesta o seu regozijo pelo facto de, nesta quadra festiva, ter conseguido concretizar a passagem para o quadro de efectivos de 23 trabalhadores, que estavam precários há 9 anos, e a passagem a Sindicato Nacional, sob a designação de Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos e Outros.
De acordo com um comunicado do Sindicato dos Estivadores: «Ao contrário de outros anos, onde as dificuldades se impunham sobre o clima festivo das festas de natal e de fim de ano, este ano tivemos mais razões para festejar. Se em outros anos enfrentámos, por esta altura, situações tão complexas como a comunicação patronal de despedimento de estivadores ou o luto imposto por acidentes de trabalho, desta vez, fruto de longos processos de negociação e de luta, podemos anunciar a passagem a efectivos de 23 estivadores, que eram precários há 9 anos, fruto do Acordo assinado em 27 de Maio de 2016, e a transformação do SETC num Sindicato de âmbito nacional, que nos permitirá representar estivadores, trabalhadores do tráfego e conferentes marítimos, entre outros, em todos os portos do país, regiões autónomas incluídas.
Relativamente à conquista dos 23 contratos sem termo que integram trabalhadores que se mantinham num quadro prolongado de precariedade, os quais já tinham sido “dispensados” por 2 vezes e que ganharam finalmente o direito a uma relação laboral estável, é fundamental uma referência tanto à unidade de todos os estivadores, tanto efectivos como precários, num longo e desgastante processo de luta, como também ao papel fundamental do IDC – International Dockworkers Council, através da determinante participação do seu secretário-geral, Jordi Aragunde Miguens, nas negociações do Acordo assinado a 27 de Maio.
Relativamente à passagem do SETC a Sindicato Nacional alargando assim a nossa esfera de representação para o âmbito geográfico nacional, Açores e Madeira incluídos, podemos anunciar que estão criadas as condições para os estivadores subirem a um patamar de representação igual ou superior ao dos grupos económicos portuários que dominam o País. Poderemos assim lutar, com armas mais equilibradas e a nível nacional, pela melhoria das condições miseráveis de trabalho de alguns estivadores e pelo aniquilamento da precariedade que alastrou de forma selvagem pelos portos, para devolver a quem trabalha as condições de desenvolvimento social e humano que todos ambicionam e merecem».
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