O perigo “à espreita” após os incêndios
Os terrenos queimados, as pedras soltas assim como galhos secos requerem atenção
Uma semana após os incêndios que assolaram a Madeira e fustigaram várias zonas da Cidade do Funchal, o perigo continua “à espreita”. O rasto de terrenos queimados mostram a “olho nú” os prejuízos causados pelos incêndios. Os números registam mais de 200 casas destruídas, três mortes, milhares de desalojados.
O cenário é devastador. O preto tomou conta de muita área verde que se perdeu pela ira do lume. Agora, outros perigos espreitam. Os terrenos estão queimados, as pedras soltas, galhos de árvores tombados. Urge tomar medidas de precaução e de limpeza, pois as chuvas podem vir a ditar mais uma desgraça na ilha. Uma situação a qual as entidades governativas estão conscientes da sua prioridade.
A autarquia do Funchal criou um Gabinete Técnico para centralizar toda a recuperação da cidade do Funchal. Será feito um levantamento dos edifícios atingidos pelo fogo. O autarca do Funchal dá prioridade às pessoas e suas habitações. Os taludes serão uma preocupação para mais tarde. O primeiro passo foi fazer um levantamento dos taludes e instabilidade dos mesmos. Tendo em conta o que o relatório ditar, serão definidas prioridades na intervenção, que vai passar por uma limpeza numa primeira fase, e depois, quando houver meios, por uma consolidação.
Entretanto, porque são obras caras e que necessitam projectos de intervenção, sempre que chover e que haja risco, as casas serão evacuadas e as ruas fechadas. “A seguir a limpar vamos já pensar no Inverno. Naquelas que foram as zonas e as áreas de talude que põe em perigo caminhos, estradas mas também habitações, vamos ter planos de evacuação ou condicionamentos do trânsito. Ou seja, quando começar a chover, se aquela zona oferecer perigo nós vamos imediatamente retirar as pessoas e não vamos esperar que aconteça alguma desgraça.”
Haverá dois grupos de estudo que vão debruçar-se sobre o Parque Ecológico do Funchal e sobre a reabilitação urbana. No primeiro tendo em vista a reflorestação e rever aspectos da prevenção. No segundo caso para tentar inverter a degradação do edificado estando a câmara preparada para se substituir aos privados.
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