14.746 novos processos de insolvência em Portugal em 2016

O Departamento de Gestão de Risco da Crédito y Caución registou 14.746 novos processos de insolvência em Portugal em 2016, valor que traduz uma queda de 15% em relação ao período homólogo de 2015.  Apesar da recente melhoria em Portugal, este ambiente de insolvências permanece frágil e complicado. Atualmente, existem diversos fatores externos que influenciam a recuperação da economia portuguesa e que podem alterar esta evolução positiva das insolvências judiciais que se verifica desde o 2.º trimestre de 2015.

As previsões globais estão sujeitas a uma  excecional incerteza e a ligação entre o crescimento do comércio mundial e o crescimento do PIB parece quebrada. É expectável que o crescimento do PIB melhore em 2017, embora esta previsão seja marcada por significativos riscos de declínio, incluindo novas surpresas negativas referentes ao comércio mundial. Neste contexto, os níveis de insolvência na maioria dos países manter-se-ão significativamente acima dos níveis anteriores à crise. Especial atenção deve ser dada às economias emergentes (com exceção da Índia), onde se prevê um aumento das insolvências.

As insolvências judiciais empresariais estão longe dos 500 processos trimestrais, nível médio registado a longo prazo. O aumento significativo teve início no primeiro trimestre de 2009, superando os 1.000 processos. O primeiro trimestre de 2011 ultrapassou os 2.000 processos trimestrais e em apenas três trimestres, registaram-se mais de 3.000 processos de insolvência, assim como no quarto trimestre de 2011. Os 4.000 processos foram superados no quarto trimestre de 2012 e o máximo histórico, com 5.045 processos, foi atingido no segundo trimestre de 2013.Nesta perspectiva, a vigilância estrita, bem como a análise da solvência revelam-se fatores críticos no desenvolvimento das transações comerciais entre empresas.


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