Avião que avariou foi um dos que recebeu extensão de vida útil

O avião da TAP com destino a São Paulo, no Brasil, que esta terça-feira teve que regressar ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, devido a uma avaria num dos motores, é um dos de quatro aviões A340-300 que em Julho receberam autorização para prolongar a vida útil. A informação foi confirmada à Lusa por fonte oficial da TAP.

O voo TP89 estava a ser operado por um dos quatro aviões A340-300 da companhia aérea portuguesa que, em Julho de 2016, foram objecto de uma autorização pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), para extensão da vida útil, um aval que está ser investigado pelo regulador europeu do sector da aviação.

Fonte oficial da TAP disse hoje à Lusa que a ocorrência não teve qualquer relação com essa extensão da vida útil, uma vez que “todos os requisitos de aeronavegabilidade estão garantidos”, referindo que “aconteceu nesta aeronave como podia acontecer com qualquer outra”.

O presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) afirmou, entretanto, que se “devem separar as águas” sobre extensões da vida útil dos aviões e avarias em peças.

“Uma questão é a certificação de que o avião pode ter as suas horas de operações estendidas, que é dada pelo fabricante, e a única coisa que nós verificámos foi que todas as operações de manutenção a montante foram efectivamente cumpridas pela TAP”, explicou Luís Silva Ribeiro.


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