Vítimas teriam mais probabilidades de sobrevivência em casa
A maioria das vítimas de Pedrógão Grande que estavam na sua habitação e fugiram do fogo teriam mais probabilidades de ter sobrevivido se tivessem ficado em casa. A conclusão é do coordenador do estudo encomendado pelo Governo da República para perceber o que se passou no incêndio.
Xavier Viegas, coordenador do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, que lidera o trabalho, afirma que “de um modo geral a recomendação que fazem é que é muito preferível ficar em casa ou na aldeia se não há a hipótese da pessoa se retirar a tempo em segurança”.
“Não posso dizer isso como regra geral e absoluta [em relação a Pedrógão Grande], mas como regra sim, as pessoas que permanecessem nas suas casas teriam mais probabilidades de sobrevivência”, apontou.
Uma das metas do estudo em curso, que estará terminado a meio de Outubro, será perceber o que levou as pessoas a saírem ou não de casa.
O incêndio de Pedrógão Grande foi o mais mortal alguma vez registado em Portugal, com 64 mortos.
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