Gregório Freitas aponta que a cozinha Michelin não promove a gastronomia e cultura das regiões
Face a uma notícia publicada no «Tribuna» referente a “Chefs Portugueses no Parlamento Europeu”, Gregório Freitas, ex-presidente da Academia Madeirense das Carnes, manifestou a sua discordância afirmando o seguinte: “Venho por este meio manifestar a minha discordância ao escrito no artigo “Chefs Portugueses no Parlamento Europeu”. Se é verdade de que a gastronomia e os vinhos produtos diferenciadores de marcas e regiões e promotores do turismo gastronómico enquanto património intangível, associado à identidade e cultura de um destino, tal não acontece com a cozinha Michelin, pois degustar um prato de um chefe Michelin num restaurante em Portugal o respectivo prato tem poucas ou mesmo nenhuma diferença de um outro prato apresentado por um outro chefe Michelin na Hungria, Eslovênia ou na longínqua República da Georgia, pois são todos muitos semelhantes. Não identificado as regiões e cultura gastronómica e diferenciada dos seus povos e, por consequente, em termos de promoção o seu papel ser muito pouco”.
A notícia em questão:
Cláudia Monteiro de Aguiar e o Deputado Húngaro István Ujhelyi promoveram, em parceria, um evento, no Parlamento Europeu, sob a temática: “A Gastronomia, elemento diferenciador dos Destinos”. Este evento contou com a participação de Tibor Navracsics, Comissário para a Educação, Cultura, Juventude e Desporto, e Nicolas Beaumont, Director-Geral da Michelin Travel Partner.
A gastronomia enquanto produto, ou mesmo um atrativo de uma determinada localidade, tem de ser valorizado do ponto de vista turístico, pois apresenta novas oportunidades, que nem sempre são exploradas do ponto de vista da promoção das Regiões e mesmo das políticas de Turismo dos vários países.
A convite da Eurodeputada portuguesa participaram também no debate 4 Chefs Portugueses galardoados pelo Guia Michelin, Chef Rui Paula Cardoso, Chef Miguel Rocha Vieira, Chef Henrique Sá Pessoa e o Chef Tiago Sabarigo.
Na sua intervenção Cláudia Monteiro de Aguiar sublinhou a importância do “Turismo Gastronómico, enquanto património intangível, associado à identidade e cultura de um destino e a importância da gastronomia como produto diferenciador de marcas e de Regiões.”
Estamos cientes que cada vez mais turistas escolhem um destino pelas experiências que podem vivenciar aliadas à singularidade dos destinos e, por isso, Cláudia Monteiro de Aguiar acredita que “Portugal deve saber aproveitar a conquista das várias estrelas Michelin no ano passado e estruturar o Turismo Gastronómico, de forma a oferecer os produtos e serviços diferenciados e de elevada qualidade.”
Cláudia Monteiro desafia as entidades Portuguesas, “Turismo de Portugal e o Governo, para organizarem em Portugal, pela 1ª vez, a edição Ibérica de entrega das estrelas Michelin, que vai fazer em Novembro 10 anos e que nunca foi realizada no nosso País” destacando que “ Portugal tem capacidade e esta à altura para acolher um evento destes e seria uma clara aposta num segmento que valoriza os produtos agrícolas locais, a cozinha tradicional com a excelência e inovação.”
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