USAM denuncia ataque aos trabalhadores

A USAM considera que as medidas anunciadas por Passos Coelho “são um ataque sem precedentes” aos direitos dos trabalhadores.

A União dos Sindicatos da Região Autónoma da Madeira (USAM) considerou hoje que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na passada quinta-feira, “são um ataque sem precedentes” aos direitos dos trabalhadores.

Em conferência de imprensa, Álvaro Silva alertou que as referidas medidas “vão penalizar ainda mais” os trabalhadores dos sectores público e privado, os quais já “atravessam grandes dificuldades” devido às restrições financeiras e aos aumentos dos impostos directos e indirectos.

O coordenador da USAM deu como exemplo os cortes dos subsídios de Férias e de Natal para os trabalhadores do sector público que auferem um salário superior a 1000 euros.

No caso concreto dos trabalhadores do privado, Álvaro Silva considerou que o aumento da carga diária de trabalho em meia hora “é um roubo”, pois significa que as “pessoas vão trabalhar mais 15 dias por ano a título gratuito”.

O dirigente sindical entende, também, que a subida da carga horária de trabalho não vai fomentar o aumento do emprego, uma vez que o “patronato irá se aproveitar da situação” para “produzir mais com o mesmo número de trabalhadores”.

Álvaro Silva apontou, ainda, que as medidas anunciadas por Pedro Passos Coelho representam um retrocesso de 30 anos em termos dos direitos adquiridos pelos trabalhadores.

O sindicalista teme, também, que os madeirenses sofram uma “austeridade a dobrar” em virtude do buraco financeiro da Madeira, situação que terá implicações graves a nível social.

Álvaro Silva afirmou, igualmente, que os grandes grupos económicos e as instituições bancárias internacionais vão beneficiar com a crise devido ao pagamento dos juros, defendendo que o prazo do pagamento da dívida deveria ser alargado.

Para contestar toda esta situação, a CGTP convocou, a nível nacional, uma jornada de luta para os dias 20 e 27 de Outubro. Na Região, a USAM vai se associar à referida jornada, estando marcado para o dia 27 de Outubro um debate público, que deverá juntar dirigentes sindicais, trabalhadores, reformados e desempregados.

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