É assim! A mudança

A alteração determinada neste jornal – do papel para exclusivamente o online – dá-me o mote para a óbvia e patente constatação de que a mudança, a variabilidade e a inconstância fazer parte da natureza intrínseca das coisas.

Sejam elas quais forem e seja qual o sentido que sobre elas tenhamos ou simplesmente qual o sentido que sobre as mesmas não tenhamos, de todo.

Na verdade, a pedra ancilar que permite o porventura justo equilíbrio do Homem com uma tal realidade, em permanente mutação, e o próprio e impressivo auto-equilíbrio do próprio Homem perante si mesmo e a sua própria Consciência – porque também invariavelmente em constante impermanência, como apelida, e bem, a doutrina budista – é, antes de mais, aceitar essa própria e intrínseca natureza.

E aceitar, aceitando, claro está e em primeiro lugar. Mas aceitando incondicionalmente.

Porque em face de tudo o que não depende de nós próprios, só podemos e devemos aceitar.

E singelamente adequarmo-nos em consequência e em conformidade com tal inerente mutabilidade e aceitação, que tudo partilha e comunga.

Ver-se-á que, afinal, o sal que verdadeiramente tempera a vida chama-se mudança. Quanto mais não seja da forma como se vê e perspectiva a realidade, porque esta é o que é. E isso já é bastante e suficiente.


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