“Casa dos Fósseis” inaugurada na ilha de Santa Maria
O secretário regional da Agricultura e Ambiente dos Açores destacou ontem, em Vila do Porto, que a construção da Casa dos Fósseis, infraestrutura que passa a integrar a Rede de Centros Ambientais, “assenta nos objetivos expressos pelo Governo dos Açores de proporcionar uma maior divulgação do rico espólio de elementos paleontológicos e geológicos existentes” em Santa Maria, ilha onde se encontra a maior jazida de fosseis a céu aberto do Atlântico Norte.
Luís Neto Viveiros, que falava na cerimónia de inauguração da Casa dos Fósseis, salientou que a Rede de Centros Ambientais dos Açores tem-se “constituído como elemento determinante na divulgação do património natural e de sensibilização para a adoção de boas práticas ambientais, com o propósito de que todos possamos contribuir para a sua preservação, promoção e valorização”.
“Esta Rede já recebeu, só este ano, mais de 90 mil visitantes, precisamente 92.635 até final de agosto”, revelou, frisando que este número “representa, mais uma vez, um aumento, superior a 15%, comparativamente ao mesmo período do ano passado”.
Em termos de receita comercial, Neto Viveiros adiantou que “este crescimento traduz-se num aumento de 26%”.
Relativamente à Casa dos Fósseis, o titular da pasta do Ambiente considerou que ela “enaltece os trabalhos científicos resultantes das expedições paleontológicas realizadas pelo MBP (Marine PalaeoBiogeography Working Group), liderado pelo Professor Sérgio Ávila, da Universidade dos Açores, que idealizou este espaço e o enriqueceu com conteúdos científicos e pedagógicos”.
“Este investimento de cerca de 600 mil euros tem ainda em conta a sua adequação ao meio envolvente”, frisou o secretário regional, adiantando que “o espaço proporciona uma viagem em 3D pela formação geológica da ilha, do passado ao presente, focando a importância da riqueza paleontológica da ilha no contexto internacional”.
Na sua intervenção, Neto Viveiros destacou ainda que “os visitantes poderão ‘sentir’ os fósseis de Santa Maria e ‘ouvir’ o som das jazidas fossilíferas, onde o mar se encontra com as rochas”, acrescentando que as crianças e os jovens têm um espaço reservado, onde “poderão ser paleontólogos, através de um jogo interativo”.
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