Donald Trump violou a lei ao negociar com Cuba
Uma empresa de Donald Trump fez negócios com Cuba em 1998, altura em que Fidel Castro era o presidente do país e o embargo comercial imposto pelos Estados Unidos impedia qualquer cidadão norte-americano de fazer negócios em Cuba sem autorização governamental. A revelação resulta de uma investigação da revista NewsWeek, que ouviu antigos funcionários de Trump envolvidos no negócio.
Os factos remontam a 1998, quando um conjunto de representantes da Trump Hotels & Casino Resorts viajaram a Havana para um encontro com membros do governo cubano, banqueiros e empresários do país. De acordo com um antigo funcionário da empresa, o objectivo da viagem de negócios a Havana era garantir possíveis investimentos futuros, caso o governo norte-americano levantasse o embargo.
O mais curioso é que Donald Trump candidatou-se à presidência dos Estados Unidos em 1999, pelo Partido Reformista, e no lançamento da campanha discursou em Miami afirmando que o embargo era necessário e devia manter-se.
“Como sabem, colocar dinheiro em Cuba não significa que o dinheiro vá para o povo cubano. Vai para o bolso de Fidel Castro. Ele é um assassino. O embargo tem de se manter, nem que seja porque se se mantiver, Fidel vai cair”, disse Trump no discurso, garantindo que nunca iria investir em Cuba enquanto Castro não fosse retirado do poder.
A candidata democrata, Hillary Clinton, já veio exigir explicações.
“Temos leis no nosso país”, disse Clinton aos jornalistas, acrescentando que Trump “desrespeitou deliberadamente” a lei, pondo “os seus interesses pessoais e de negócios à frente das leis, dos valores e das políticas dos Estados Unidos”.
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