‘Pessoas depositam cada vez mais confiança no ABM’

Foi assinado, na tarde de ontem, o contrato de doação entre o Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira (ABM) e a Câmara Municipal de Santa Cruz, relativamente ao acervo do Padre Alfredo Vieira de Freitas.

Na cerimónia, que contou com a presença do presidente daquela autarquia, Filipe Sousa, e de familiares do Padre Alfredo Vieira de Freitas, o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, agradeceu este ato de doação e, afirmou com satisfação ser notório o fato de haver cada vez mais pessoas a depositar confiança no trabalho desenvolvido pelo ABM.

A prova está nas quatro doações de acervos privados já efetuadas este ano, e nas outras três doações previstas até dezembro. Além disso, Eduardo Jesus sublinhou que, no global, até setembro deste ano, deram entrada no ABM 3.800 unidades documentais (caixas, pastas e documentos), mais do dobro do total de entradas em 2015 (pouco mais de 1.800).

“É preciso divulgar, partilhar o conhecimento e esta é uma função muito nobre que aqui é desenvolvida”, disse o governante sobre o trabalho feito diariamente pelo ABM.

Eduardo Jesus agradeceu o interesse da família do Padre Alfredo Vieira de Freitas e da Câmara Municipal de Santa Cruz que, com esta doação, permitam que se preserve o acervo de uma importante figura da cultura regional, um homem que se dedicou à recolha de contos da tradição oral madeirense. “Louvo porque esta atitude de trazer o espólio como este é participar na promoção da cultura”, adiantou.

Este acervo de grande valor histórico, literário e cultural é constituído por 2256 livros, 81 periódicos e 7 caixotes com documentos que constituem o espólio particular do padre Alfredo Vieira de Freitas. Os documentos incorporados fazem parte da Biblioteca do Padre Alfredo Vieira de Freitas, doada à Câmara de Santa Cruz em 1995 e que estava depositada na Casa da Cultura de Santa Cruz.

Por sua vez, Filipe Sousa fez questão de ressalvar a importância deste acervo e assegurou que agora ficará no local certo para que seja devidamente preservado. “Finalmente está no lugar próprio porque a Câmara não tem condições técnicas e humanas para preservar esta importante obra”, disse, recordando que a Casa da Cultura de Santa Cruz não oferece as condições ideais para tal. Agradecendo a disponibilidade e interesse do Governo.


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