Mossul pode tornar-se a maior crise humanitária do ano
A Agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disse hoje que a ofensiva do exército iraquiano contra Mossul, bastião do grupo Estado Islâmico no Iraque, já provocou a deslocação de 9.700 crianças. Ao todo, segundo a ONU, quase 21.000 pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas.
A UNICEF afirma que os deslocados que saem de Mossul estão em más condições, exaustos, mal alimentados e em alguns casos até descalços.
“Conheci mães e crianças que estavam muito aliviadas por terem escapado com vida. É evidente que passaram por muito”, relatou a chefe de operações de campo da UNICEF no Iraque, Permille Ironside.
A ofensiva contra Mossul entrou numa nova fase na terça-feira, com a entrada de forças iraquianas numa parte da segunda maior cidade do Iraque.
A ONU estima que 200.000 pessoas podem ter de abandonar as suas casas para fugir à violência. No pior cenário, pode envolver um milhão de deslocados, o que tornaria Mossul a maior crise humanitária do ano.
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