Londres não deve ser o principal centro financeiro da Zona Euro

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, defendeu esta terça-feira que a União Europeia não pode permitir que Londres continue a ser o principal centro financeiro para a Zona Euro depois do Brexit, se o Reino Unido não quiser ficar sujeito às regras financeiras da UE.

“Não podemos permitir que um país terceiro tenha direitos completos de passaporte e acesso aos mercados de serviços financeiros na Europa, se ao mesmo tempo permitimos que ele se desvie, em termos de padrões de capital, requisitos, protecção ao consumidor”, afirmou Dijsselbloem, citado pela Reuters. “Temos que assumir uma posição firme em relação a isso. Não há alternativa”.

Destacando os fortes laços comerciais do seu próprio país (Holanda) com o Reino Unido, Dijsselbloem avisou que a União Europeia deve estar preparada para tentar atenuar as consequências económicas do Brexit. Até porque a incerteza em torno dos termos da saída vai começar a ter impacto no país, sublinha o também ministro das Finanças da Holanda.

“Digo isto sem qualquer alegria – isto vai começar a ter um impacto sobre a economia britânica, sobre a City, nos próximos anos”, antecipou. “Devemos estar totalmente preparados, mas vai ser um período difícil, especialmente para o Reino Unido”.


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