Apoio Aéreo na condução de Operações Anfíbias e Operações Especiais
Decorre até ao próximo dia 17 de março o exercício anual REAL THAW 2017 (RT17) da responsabilidade da Força Aérea Portuguesa, contando com a presença dos três ramos das Forças Armadas portuguesas e de vários meios e forças da NATO, nomeadamente da Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França e Holanda.
Iniciado em 2009 o exercício regista a participação frequente do Corpo de Fuzileiros, assinalando-se pelo sétimo ano consecutivo a presença do Destacamento de Ações Especiais (DAE) e, pela quinta vez, de uma Força pertencente ao Batalhão de Fuzileiros n.º2 (BF2). Vem sendo usual, também, a integração de várias unidades navais da Marinha, quer de forma isolada quer integradas em força naval que permite exercitar, entre outras disciplinas tradicionais da guerra naval, a condução de operações anfíbias com o apoio e/ou simulação de ameaça aérea.
Tendo por base a criação de sinergias e o aproveitamento de oportunidades de treino commeios aéreos dedicados, o DAE centra a sua atividade na inserção de equipas de operações especiais por envolvimento vertical (recorrendo e.g. a saltos operacionais de grande altitude – SOGA) e, também, nas técnicas de extração de militares ou civis isolados na retaguarda das linhas inimigas (Personnel Recovery e Combat SAR), garantindo o apoio a ações diretas com snipers a bordo das aeronaves participantes.
A participação do BF2 é materializada pela Força de Fuzileiros n.º3 (FFZ3) que se encontra pronta para emprego em todo o espetro de conflito. O seu treino, durante a presente semana, incidiu na projeção por meios aéreos de alguns dos elementos orgânicos com a condução de um assalto ao aeródromo de Seia (Tactical Air Landing Operations – TALO) e a condução de operações de proteção a colunas motorizadas (Convoy Escorts) com apoio aéreo próximo, integrando na sua estrutura um JTAC/FAC (Joint Terminal Attack Controller/Forward Air Control) para coordenação destas operações conjuntas.
Na segunda semana do exercício, e para além das atividades previstas no âmbito do Visitors Day, será conduzido essencialmente uma incursãoanfíbia na área litoral de Sines com projeção de um grupo avançado a partir do NRP Bartolomeu Dias, e o NRP Bérrio, navio-chefe desta operação,onde embarcarão respetivamente os comandantes da Força Anfíbia (CATF) e da Força de Desembarque (CLF).
A participação anual dos Fuzileiros no exercício RT17 constitui uma excelente oportunidade para manter alguns padrões de prontidão que exigem o emprego ou o apoio de meios aéreos nas operações que conduzem, ainda mais valorizado pelo intercâmbio com forças internacionais que também participam neste treino.
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