GR não coloca no “Orçamento Regional verbas para a redução da pobreza na Região”

O presidente do PS-Madeira, Carlos Pereira, preconizou, esta manhã, uma conferência de imprensa, na qual acusou o Governo Regional de não colocar no Orçamento Regional verbas para a redução da pobreza na Região. Nesse sentido, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista apresentará, na Assembleia Legislativa da Madeira, um projecto de resolução de modo a que o Governo Regional não volte a retirar verbas ao Instituto de Segurança Social da Madeira (ISSM).

Segundo as recentes declarações da Secretária Regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal, a Madeira tem menos dinheiro que os Açores para apoiar a pobreza, esquecendo, porém, que os apoios financeiros foram reduzidos pelo governo PSD/CDS, razão pela qual Carlos Pereira entende que o Governo Regional devia adicionar verbas para apoiar os mais pobres na Região Autónoma da Madeira(RAM), lembrando até que o PSD-M tirou cerca de 10 milhões de euros do Instituto de Segurança Social da Madeira e, este ano, vai retirar mais 5 milhões de euros para aplicar em medidas ativas de emprego. Sendo a RAM, a região com a maior taxa de desemprego do país, resultante das opções do PSD, o que se esperava eram medidas ativas de emprego, ficando esse financiamento a cargo do Governo Regional, bem como no Orçamento Regional, através de medidas concretas de apoio para aqueles que mais precisam. No entanto, o executivo de Albuquerque retira do ISSM, as escassas verbas existentes para apoiar a pobreza, no sentido de as transferir para um outro problema, nomeadamente a criação de emprego, que devia ser da responsabilidade do Governo Regional ao invés da Segurança Social.

O líder do PS-M vincou, ainda, que há uma diferença, muito grande, entre o que faz o governo Socialista e o que faz o PSD quando comparamos as medidas de apoio à pobreza no plano da Região Autónoma dos Açores, uma vez que só no Orçamento Regional Açoriano existem mais de 20 milhões de euros para apoiar a pobreza enquanto na RAM não existe no Orçamento um único cêntimo para apoiar essa matéria. Assim sendo, na Madeira, todo o dinheiro vindo da República não é utilizado para fazer face a esta fragilidade social. Carlos Pereira entende que, mediante o exposto, esta é uma forma errada de fazer política, é cumprimentar com o chapéu alheio, mas pior do que isso, é condicionar e comprometer o nosso regime autonómico, demonstrando inclusive que o executivo madeirense não tem como prioridade o apoio aos mais pobres.


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