Santana recebe Conferências Andarilhas

Acontece já na próxima quinta-feira, 27 de Julho, pelas 18 horas, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santana a nona sessão do ciclo de Conferências Andarilhas, desta feita subordinada aos temas “Ambientalismo” e “Plantas Aromáticas e Medicinais”.

A iniciativa das professoras e investigadoras Luísa Antunes Paolinelli e Ana Cristina Trindade, ambas membros da equipa de coordenação científica do projecto Aprender Madeira, tem pretendido levar a cabo uma intervenção de proximidade no seio das comunidades locais em cada concelho de Região Autónoma da Madeira dando a conhecer os conteúdos que comporão o Grande Dicionário Enciclopédico da Madeira, com organização do Professor Doutor José Eduardo Franco e da responsabilidade da Agência de Promoção da Cultura Atlântica, focando temáticas alusivas ao concelho onde se realiza, neste caso Reserva da Biosfera e a efeméride do mês assinalada a 28 de Julho sob a égide “Dia Mundial da Conservação da Natureza”, em foco as temáticas “Plantas Aromáticas e Medicinais” e “Ambientalismo”, com comunicações a cargo dos investigadores Licínia Ramos e Hélder Spínola sendo que como habitualmente a conversa é alargada ao público presente de forma a fomentar o debate e a troca de ideias sobre os temas em foco. A entrada é livre para o público em geral.

Plantas Aromáticas e Medicinais

Desde o início da humanidade, os conhecimentos relativos à utilização de plantas são construídos e utilizados, sendo duma importância vital para a sobrevivência do Homem. Na ilha da Madeira, após o seu povoamento no século XV, desenvolve-se numa região ultraperiférica rica em interconeções entre diferentes culturas (continental portuguesa e estrangeira), e com uma dinâmica social e cultural imensamente fértil.

Vários fatores históricos e sociais, e fluxos migratórios passados e mais recentes, e ainda a movimentos migratórios internos, das zonas rurais para urbanas, em particular em direção à cidade do Funchal, permitiu trocas de tradições culturais, bens (novas plantas) e ainda conhecimentos acerca das utilizações de plantas aromáticas, medicinais, e associadas a tradições, entre outras.

Ambientalismo

Quer a nível mundial quer a nível regional, o movimento ambientalista tem raízes na conservação das espécies e seus habitats, e só mais recentemente se expandiu e diversificou para questões como a gestão dos resíduos e da energia, a qualidade do ar e da água, e as alterações climáticas, entre outras. Na maior parte dos casos, embora sempre com protagonistas individuais fortes, o movimento ambientalista na Madeira tem estado particularmente dependente da atividade de organizações não governamentais, sendo a Quercus, os Amigos do Parque Ecológico, a Cosmos, o Clube de Ecologia Barbusano, e a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Aves (SPEA) as que mais se afirmaram, todas elas já em pleno regime democrático e autonómico.


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