Ricardo Gomes Campeão do Mundo

O atleta do Naval sagrou-se Campeão do Mundo de Karaté, na vertente de kumite (combate), ao serviço da Seleção Nacional.

insRicardo Gomes sagrou-se Campeão do Mundo de Karaté, na vertente de kumite (combate), ao serviço da Seleção Nacional. Foi o segundo título mundial conquistado pelo karateca do Naval, desta feita no Campeonato do Mundo organizado pela Kimura Shukokai Association, disputado entre os dias 20 a 26 de julho, em Sun City (África do Sul).

Portugal dominou a competição, com 5 dos seus atletas a sagrarem-se campeões mundiais individuais, tendo a cereja no topo do bolo sido o título coletivo. Na competição individual, Ricardo Gomes passou a primeira eliminatória com alguma facilidade, frente a um neozelandês, demonstrando boa condição física e psicológica. O segundo combate foi mais renhido, frente a um atleta da “casa”, um sul-africano ex-campeão mundial, e esteve sempre equilibrado, até perto do final, quando o adversário do navalista conseguiu pontuar e venceu. Havia boas perspetivas de Ricardo Gomes ser repescado, mas o sul-africano acabou por lesionar-se no combate seguinte e essas hipóteses caíram por terra.

A competição coletiva envolveu cinco combates e Ricardo Gomes foi titular, realizando o primeiro combate frente à equipa da África do Sul B, que venceu com grande à-vontade, transmitindo confiança à equipa que acabou por vencer por 3-0. Na segunda eliminatória, frente à Suécia, Ricardo foi novamente o número 1 contra o atleta mais conceituado da outra seleção, tendo perdido pela diferença mínima, fruto de uma desatenção num momento crucial do combate, mas ainda assim Portugal venceu por 3-1.

Na terceira eliminatória, ante a forte Suíça, Ricardo foi o segundo a subir ao “tatami” e esteve a ganhar até bem perto do final, mas foi surpreendido com um pontapé do adversário que empatou o combate. No entanto, a equipa portuguesa venceu por 2-0 (com 3 empates) e apurou-se para a final, defrontou a África do Sul A, então vigente campeã do mundo. A estratégia portuguesa começou com Ricardo a entrar novamente no primeiro combate, que apesar das boas ações estava a ser prejudicado pelos árbitros, que atribuíram consecutivamente pontos ao sul-africano. Quando a desvantagem era já de 0-3, Ricardo alterou a estratégia e acabou por vencer, abrindo o triunfo de Portugal que cifrou-se nos 3-0 (com 1 empate).

“Para quem não esperava ser convocado, sagrar-se Campeão Mundial aos 36 anos foi espetacular. Apesar da convocatória algo tardia e de sentir que não estava nas minhas melhores condições físicas, acelerei a minha preparação no sentido de me apresentar na melhor forma. A preparação correu bem, apesar de uma pequena lesão no pé direito.

Durante os combates senti-me forte e rápido, no entanto, tive algumas falhas de concentração que custaram alguns pontos, muito devido aos longos tempos de espera entre combates. Na competição de equipas fui quase sempre o primeiro a combater e nestas competições é sempre importante manter o resultado controlado para não comprometer a equipa. As minhas prestações foram convincentes e recebi sempre feedback positivo do treinador, que me confiou sempre posições de grande responsabilidade e estive à altura delas. Fiquei muito feliz pelo combate da final, estava com uma desvantagem grande devido a duas decisões incorretas da arbitragem, consegui mudar de estratégia e ainda vencer o combate. Sempre acreditámos que poderíamos vencer, mas depois da minha vitória a conquista estava iminente e nem foram precisos os 5 combates. Este título mundial foi o coroar de uma excelente época, em que fui Campeão Regional federativo, Campeão Nacional e Mundial de Karate Shukokai”, transmitiu o karateca do Naval.

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