Guia de boas práticas no apoio a vítimas de violência doméstica LGBT disponível

«Precisamos de abrir este debate nas escolas, de abrir mentalidades, de fazer ver às pessoas que somos todos pessoas acima de tudo, somos cidadãos e cidadãs, temos todos os mesmos direitos e temos direito ao bem-estar e à felicidade», afirmou a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, referindo-se à comunidade Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero (LGBT).

Estas declarações foram feitas no encerramento da apresentação do primeiro guia de boas práticas no apoio a vítimas de violência doméstica LGBT, em Lisboa.

«É fundamental continuar o trabalho junto das comunidades, das populações, das autarquias e das escolas, chamando a atenção para um projeto que o Governo tem vindo a desenvolver, juntamente com a associação rede ex-aequo (associação de jovens LGBT e apoiantes), de ações nas escolas contra o bullying homofóbico», acrescentou a Secretária de Estado.

Catarina Marcelino lembrou ainda que o Governo «criou três centros de atendimento para pessoas LGBT», embora essas respostas «possam não ser suficientes, mas trata-se de um ponto de partida».

Este Guia tem como objetivo identificar, sistematizar e aprofundar um conjunto de conhecimentos e linhas orientadoras para a prática profissional com a população LGBT vítima de violência nas relações de intimidade.

Inovador no País, este é o primeiro manual deste tipo, contribuindo para romper o silêncio que remete a realidade da violência doméstica entre pessoas LGBT para o estatuto de inexistência.

O Guia é o resultado de um trabalho de investigação coordenado entre a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e pode ser descarregado através da página da CIG: https://www.cig.gov.pt/