António Costa faz visita oficial à Argentina

O Primeiro-Ministro António Costa realiza, até amanhã, uma visita oficial à Argentina, acompanhado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e da Economia, Manuel Caldeira Cabral.

Hoje, dia 12, o Primeiro-Ministro começa por discursar no encerramento de um encontro empresarial promovido pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina.

Seguidamente, visita a Universidade Argentina da Empresa (UADE), onde faz uma nova intervenção, e encontra-se com a comunidade lusa residente, no Clube Português de Buenos Aires.

No segundo dia em Buenos Aires, o Primeiro-Ministro visitará o Congresso dos Deputados da Argentina, tendo encontros com a vice-presidente da República, Gabriela Michetti, e com o presidente da Câmara de Deputados, Emilio Monzó.

Seguidamente, António Costa depõe uma coroa de flores e faz um minuto de silêncio em memória dos mortos em combate nas lutas pela independência da Argentina.

No final da visita, António Costa reúne-se com o Presidente da República, Maurício Macri, após o qual haverá assinatura de acordos bilaterais e uma declaração à imprensa.

A economia da Argentina apresenta projeções de crescimento de cerca de 2% para este ano, mostrando recuperação em relação aos anos anteriores, mas sendo um mercado no qual a presença portuguesa é ainda baixa.

No ano passado, a balança comercial de bens e serviços foi ligeiramente favorável a Portugal, que exportou bens e serviços no valor de 111,3 milhões de euros, e importou bens e serviços no valor de 106,5 milhões de euros.

Portugal exporta para Argentina produtos de mais elevada incorporação de tecnologia, tendo as principais exportações sido combustíveis (41,6% do total), cortiça (19,5%), máquinas e aparelhos (13,1%) e matérias têxteis (6,5%).

A Argentina exporta para Portugal produtos com menor incorporação de tecnologia, nomeadamente, produtos agrícolas (59,2% do total) e produtos alimentares (32,2%).

Este quadro mostra que há potencial de crescimento para as empresas portuguesas, sobretudo nos setores das infraestruturas e do fornecimento de equipamentos.