Rede de Monitorização de Instabilidade Geomorfológica da Fajãzinha ‘é exemplo’ regional

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo destacou ontem a Rede de Monitorização de Instabilidade Geomorfológica da Fajãzinha, nas Lajes das Flores, como um verdadeiro exemplo da importância que o Governo dos Açores atribui à prevenção e monitorização de zonas de risco no arquipélago.

“São medidas como esta que dotam o Governo dos Açores de mecanismos de avaliação e acompanhamento da evolução da perigosidade geomorfológica, salvaguardando sempre, e em primeira instância, a segurança de todos os Açorianos e dos respetivos bens”, salientou Marta Guerreiro.

A Secretária Regional falava no início da instalação desta rede, que integra uma Rede de Monitorização Geotécnica e Hidrológica, cerimónia que foi presidida pelo Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.

A titular da pasta do Ambiente salientou que “este modelo de monitorização foi desenvolvido e será executado por duas entidades do Governo dos Açores – a Direção Regional do Ambiente e o Laboratório Regional de Engenharia Civil – e vai permitir monitorizar a deformação profunda e superficial do solo e a pressão de água que atua ao nível dos planos de rotura na Fajãzinha, recorrendo a diversos métodos, como, por exemplo, topográficos, geotécnicos e hidrológicos”.

Na sua intervenção, Marta Guerreiro reforçou que estes projetos “permitem atuar no campo da prevenção, com acesso a informações fundamentais no apoio à tomada de decisão e, consequentemente, contribuir para a mitigação dos riscos naturais associados”.

Para além deste projeto da Fajãzinha, a Secretária Regional adiantou que “os projetos em curso e a implementar no futuro próximo no âmbito de um Sistema de Monitorização das Zonas de Risco dos Açores, denominado AZMONIRISK, possibilitam um trabalho profundo nas principais áreas vulneráveis do arquipélago, identificadas como instáveis e com necessidade de monitorização, para já, nas ilhas de Santa Maria e das Flores e, a prazo, em São Miguel, no Pico e em São Jorge”.

“A importância deste sistema, onde se inclui o projeto da Fajãzinha, decorre do reconhecimento do papel preponderante que os movimentos de vertentes, enquanto perigo geológico, têm no território açoriano, por vezes com consequências dramáticas no que respeita à perda de vidas humanas, para além dos bens económicos, culturais e sociais”, frisou Marta Guerreiro.

A Secretária Regional salientou que, na sequência de uma ocorrência de instabilidade provocada por diversos perigos geológicos que aconteceu na Fajãzinha em 2010, foi realizada “uma grande intervenção, abrangendo a requalificação da rede hidrográfica na área urbana da freguesia, a repavimentação do antigo ramal e o desvio das águas pluviais oriundas da encosta sobrejacente à estrada regional”, numa obra já concluída e que representou um investimento global superior a 1,6 milhões de euros.


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