Natal pode ser visto através de um drone
Para além de exibir imagens da ilha para cativar o turismo, os drones são uma mais valia em áreas na imobiliária, resgates, construção civil, e desporto.
Hoje em dia, os drones têm sido uma escolha por parte de muitas pessoas para realizar filmagens aéreas de vídeos pessoais, das suas férias, dos locais que visitam, de festas. Mas, atualmente, os drones já têm outra visão de utilidade. São também usados em outras áreas que englobam empresas, resgates, imobiliárias, entre outras.
A Drone Snaps – Imagens Aéreas, especializada na utilização de drones (veículos aéreos não tripulados) surgiu como uma brincadeira. Sérgio Araújo adquiriu um drone dos mais simples para experiência. Entretanto, apareceram pessoas que começaram a pedir fotografias aéreas, algumas imagens em vídeo, mas que com este drone era impossível de o fazer. Surgiu então a oportunidade de comprar o drone Phantom 3.
Sérgio Araújo começou a fazer esta atividade com drones desde maio de 2016. A partir daí, as coisas começaram a se impulsionar e deu início a trabalhos de casamentos. E, ano após ano, a Drone Snaps começou a ficar conhecida. “E está a ir bem”, disse.
Os trabalhos com o drone passam também por áreas mais técnicas (na área da construção civil), como inspeção de terrenos, acompanhamento de obras, inspeções, terrenos, fácil acesso a locais mais difíceis. Vistorias e avaliar áreas em risco inóspitas ou de difícil acesso. Os serviços abrangem também eventos: espetáculos, eventos desportivos, casamentos e batizados. Institucional: indústrias, escritórios, real stade, hotéis, turismo, empresas em geral. Imobiliário: varanda virtual, vídeo, foto/vídeo de localização, vídeos promocionais de imóveis.
A captação de zonas turísticas para promover a Madeira são também uma aposta de quem lida com drones. Foi nesse sentido que Sérgio Araújo já falou com alguns operadores turísticos para esse efeito. “O feedback tem sido bom”, mas, realça, “a aposta vai para o Canyoning”.
Neste momento, Sérgio Araújo está a preparar um vídeo sobre a ilha, com várias vertentes, zonas turísticas, restauração, no fundo tudo o que se pode fazer na Madeira para que os turistas tenham acesso. “O objetivo é mostrar ao turista o que a Madeira pode oferecer quando chegar”, disse.
Mas a aposta também vai para a qualidade no serviço, e é nesse sentido que apostou pela aquisição de outro drone, mais recente, um Phantom 4. “Este equipamento é mais seguro e oferece melhor qualidade”, aponta.
Os drones também podem ser uma aposta e uma mais valia na ajuda no resgate de pessoas, e animais, em locais de difícil acesso tanto para o helicóptero como para as próprias equipas de resgate, “os drones têm um serviço muito abrangente”, refere. Em termos de aquisição do material, Sérgio Araújo aponta que “os valores custo/qualidade são razoáveis”.
Ao contrário do que se possa pensar, os casamentos não têm sido um dos focos, neste caso, para os trabalhos de Sérgio Araújo. O próprio refere ao «Tribuna» que a maioria dos noivos não mostram interesse pelos vídeos e fotos. “São capazes de gastar muito no jantar, decoração, espaço, roupas, etc., mas quando chega à altura do vídeo e fotografia acham caro, desvalorizam um pouco o trabalho de um fotógrafo e do vídeo. Querem o mais barato mas com qualidade. E isso assim é difícil”, aponta. “A recordação do dia especial nas suas vidas, como o casamento, é o registo fotográfico e vídeo”. Por isso, o foco está mais virado para outras áreas.
Quando surgiu a “moda” dos drones houve alguma polémica sobre a falta de privacidade para quem se sentia “vigiado” pelas máquinas que sobrevoavam , por exemplo, as residências. Sérgio Araújo diz que “depende de pessoa para pessoa e da mentalidade de cada um”. E explicou: “Os drones podem estar a 5/10 metros do chão e já é preciso uma autorização para voar. Enquanto que uma pessoa com uma câmara com uma lente boa, pode estar longe e captar muito bem o sítio que quiser, com uma imagem nítida”. Continua: “Acho que as pessoas lembram-se dos drones porque voam. Não discordo das autorizações, convém, e há um controlo maior sobre isso”.
Ainda sobre pormenores da utilização, “a nível legal das altitudes sem pedir qualquer autorização à ANAC, e dependente da zona podemos ir até aos 120 metros de altura”.
Em termos de expetativas de futuro, “eu penso mais no presente do que no futuro. Mas tenho um objetivo, por exemplo, a nível de clientes quero que aumente”, sublinha.
Para além de trabalhos feitos na Madeira, Sérgio Araújo também já fez trabalhos a nível internacional. “Estive em Luxemburgo, de visita a uns familiares, e fiz o vídeo de um pequeno resumo de centros históricos do país, como locais turísticos também. Enviei um e-mail para o turismo de Luxemburgo e viram o vídeo e gostaram, assim como também de um vídeo sobre a Ilha da Madeira, que mostraram-se interessados em visitar posteriormente”, afirmou. “Surgiu assim também a oportunidade de expandir o meu trabalho além fronteiras e de promover também a Madeira”.
Uma das experiências deste admirador de drones tem a ver com um trabalho feito sobre as iluminações de Natal do ano passado, que foram feitas ‘sob a visão’ do drone.
Sérgio Araújo realizou um vídeo com o seu drone (pode ser visualizado no youtube, drone snaps) que superou as suas expetativas em termos de resultados, tanto que este ano a experiência repete-se, assim como haverá novidades também para o final deste ano.
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