Bancários pedem medidas adicionais de segurança

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) pede às instituições bancárias a aplicação de medidas extraordinárias para garantir a segurança dos trabalhadores e evitar a propagação do novo coronavírus. Em carta enviada aos Conselhos de Administração das instituições e à Associação Portuguesa de Bancos, o SNQTB “reconhece os esforços que os bancos estão a fazer no sentido de mitigar e prevenir riscos”, mas considera ser necessário adotar outras medidas “fundamentais”.

Neste período difícil que o país atravessa, o SNQTB. Os decisores políticos também têm reconhecido o papel dos bancários na prossecução de serviço público, sendo os balcões essenciais para assegurar a normalidade, possível, de Portugal e os bancários tudo farão para que vigore a normalidade de algumas operações como o levantamento de dinheiro nas caixas automáticas, o funcionamento da rede de terminais de pagamento automático junto dos comerciantes ou o processamento dos pagamentos dos salários, vencimentos e obrigações fiscais das empresas“, afirma Paulo Gonçalves Marcos, presidente do SNQTB.

Neste sentido, o SNQTB apela às instituições financeiras que adotem, sem prejuízo de outras já implementadas, as seguintes recomendações: encerrar os balcões nas localidades e regiões que venham a ser consideradas em estado de “calamidade pública; encerrar balcões, colocando alguns em quarentena preventiva, nomeadamente em localidades com diversas unidades, durante o tempo que durar o Estado de Emergência, tal como decorre da necessidade de cumprimento das obrigações legais de assistência a filhos em idade escolar e de teletrabalho, e como medida de prudência e de segurança adicional; limitar o número de elementos das equipas nos balcões, de forma a assegurar o distanciamento físico preventivo entre trabalhadores; reforçar a limpeza e desinfeção dos balcões e demais unidades de atendimento a clientes; secundarizar os objetivos comerciais, face à necessidade de oferecer proximidade, aconselhamento e disponibilidade aos clientes; este não é o tempo de ‘conquistar’ quotas de mercado ou de garantir outros objetivos comerciais similares; optar pelo teletrabalho, sempre que possível, tal como resulta do imperativo legal; tal aplica-se aos serviços de suporte e centrais, mas também às unidades que diretamente contactam com os clientes.

Os bancários têm uma elevada noção de serviço público, porém, querem desempenhá-lo, tanto quanto possível, em condições de segurança e sem correr riscos desnecessários num quadro de pandemia”, afirma Paulo Gonçalves Marcos.