Preço das Casas na Madeira Aumentou 10,5% em 2021

Chegamos ao fim de mais um ano repleto de desafios, mas também com excelentes notícias em relação ao desempenho do mercado imobiliário na Madeira. Um pouco por todo o país, a trajetória replicou-se não apenas nos distritos de eleição, mas também no interior.

Ainda que as disparidades a nível nacional sejam óbvias quando comparamos os valores praticados na Madeira, Lisboa, Faro ou Porto com os demais distritos, a curva de ascensão prossegue imparável.

Vamos olhar em maior detalhe para os valores praticados na Madeira, mas também compará-los com os seus pares, de forma a estimarmos o percurso que 2022 trará.

 

Crescimento Galopante na Madeira

Quem o indica é precisamente o mais recente barómetro do mercado imobiliário da Imovirtual relativo ao desempenho anual. Mensalmente, o portal elabora um relatório com a evolução dos preços com base nos milhares de anúncios existentes.

O desempenho entre 2019 e 2021 revela um crescimento impressionante na ordem dos 15,9% com o preço médio de venda a passar de 310.244€ para 359.513€. Se esses dois anos são relevantes em particular pelo fantasma da pandemia, não menos impressionante é o desempenho entre 2020 e 2021. Com um aumento de 10,5%, ficou comprovada a retoma no mercado imobiliário da região.

Este desempenho é, aliás, o terceiro melhor a nível nacional logo atrás de Évora, com 33,1% e Aveiro com 18,6% no que se refere a valores entre 2019 e 2021. Assim sendo, a compra de casa na Madeira continua a ser um negócio aliciante.

Variações Negativas no Continente

A nível nacional, alguns distritos foram penalizados ao longo desta onda de crescimento. Portalegre registou uma quebra de -22,4% em dois anos, passando o valor médio de venda de 151.805€ para 117.845€.

Também a Guarda seguiu idêntico percurso, com uma quebra de -14,5%. Aqui, o valor médio de 2019 de 131.829€ passou para 112.759€. Nota, aliás, para considerarmos que a Guarda é o distrito do país que regista os preços de venda mais baixos atualmente. Portalegre segue o mesmo princípio e consta desta lista onde é mais acessível adquirir habitação.

 

2022 e a Retoma do Turismo

É ainda prematuro antever o efeito de uma plausível ainda que tímida retoma do turismo ao longo de 2022. A situação pandémica é ainda um fator de enorme constrangimento e a qual acaba invariavelmente por afetar o desempenho do mercado imobiliário.

Apesar das limitações atuais, devemos considerar que este setor é movido por investimentos a médio e longo prazo. Assim sendo, existem milhões de euros canalizados atualmente para projetos no setor, com base na crença de um crescimento exponencial ao longo dos próximos anos.

 

No caso específico da Madeira, essa crença assenta na retoma do turismo este ano ou no próximo. Em termos temporais, este não é um impeditivo para quem investe a 5, 10 ou 20 anos. O impacto poderá ser sentido antes pelas famílias de classe média que enfrentam assim uma escalada de preços na compra de habitação, mas também no arrendamento.

Sem políticas eficazes que promovam a oferta de imobiliário a preços acessíveis, distritos como Lisboa, Faro, Porto e nomeadamente a Madeira serão cada vez mais penalizadores para as famílias da classe média.


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