FMI recomenda cortes nos salários e pensões da função pública
O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda ao Governo da República que aplique no próximo ano medidas de austeridade que correspondam a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 900 milhões de euros, que devem ser focados nos salários e pensões da função pública.
“O Governo precisa de uma estratégia orçamental credível. (…) Medidas bem especificadas, principalmente do lado da despesa e que resultem num ajustamento estrutural primário de 0,5% do PIB em 2017 e 2018, seria um caminho adequado”, defende o FMI.
A recomendação surge nos relatórios sobre a quarta missão de monitorização pós-programa de ajustamento e ganha relevância numa altura em que o executivo de António Costa está a preparar o Orçamento do Estado para 2017 (OE2017).
No documento, o FMI lembra que o Programa de Estabilidade 2016-2020, apresentado em Abril, prevê ajustamentos estruturais de 0,3% do PIB no médio prazo, mas considera que essa estratégia depende de “assunções macroeconómicas irrealistas”.
Nesse sentido, a instituição liderada por Christine Lagarde defende que as autoridades nacionais devem avançar com uma revisão da despesa, “focando-se em particular em melhores formas de acompanhar os benefícios sociais, na redução dos custos na saúde e no controlo das pensões e dos salários do sector público”.
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