Cientistas descobrem “tratamento eficaz” para o autismo

Uma equipa de cientistas britânicos acredita ter descoberto o primeiro tratamento verdadeiramente eficaz para o autismo, doença que afecta uma em cada 68 crianças nos Estados Unidos da América e uma em cada 100 no Reino Unido. A descoberta foi feita depois de os investigadores terem seguido durante seis anos um grupo de 152 crianças, entre os dois e os quatro anos de idade, sujeitas a uma terapia comunicacional que também envolveu os pais.

Quando mudamos a forma de interação dos pais, isso faz com que as crianças tentem comunicar com eles”, explicou Jonathan Green, que liderou a equipa de cientistas das universidades de Manchester, Londres e Newcastle. “E isso está relacionado com a mudança de sintomas”.

Apesar do sucesso, Jonathan Green frisou que este tratamento não é uma cura para o autismo, uma vez que as crianças não irão deixar de ter sintomas. Contudo, a terapia “sugere que trabalhar com os pais” e ajudá-los a interagir com os filhos “pode levar a uma melhoria dos sintomas a longo prazo“.

A vantagem desta abordagem é que tem potencial para afectar o dia-a-dia da criança”, referiu ainda o investigador da Universidade de Manchester, citado pelo The Guardian. “As nossas descobertas são encorajadoras, uma vez que representam uma melhoria nos sintomas principais do autismo que anteriormente eram muito resistentes a serem alterados.”


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