Socorro a criança síria chega a todo o mundo

Registar o momento ou ajudar quem precisa? É uma questão com que todos os jornalistas se confrontam pelo menos uma vez na vida profissional. Para Abd Alkader Habak, aconteceu no passado sábado, depois de um engenho explosivo ser detonado num subúrbio de Alepo, junto a uma coluna de autocarros que transportavam centenas de civis sírios. Pelo menos 126 pessoas morreram, e 68 delas eram crianças. O fotógrafo passou a ser conhecido em todo o mundo quando deixou a câmara caída no chão e correu em socorro de um rapaz que se encontrava ferido.

“Eu estava a alguns metros de distância quando, de repente, houve uma explosão enorme. A minha câmara caiu e eu fui projectado. Encontrei-a junto a uma criança que estava caída no chão, a sangrar. Corri para junto dela. Vi que era um rapaz, e que ele estava a mexer a mão. Olhei-lhe para a cara e percebi que respirava, por isso peguei nele ao colo e comecei a correr em direcção às ambulâncias. Não sei o que lhe aconteceu, mas deixei-o dentro de uma ambulância e ele foi levado para um dos hospitais dentro da zona controlada pelos rebeldes”, contou Abd Alkader Habak, um cidadão sírio de Ariha à britânica Channel 4 News.


PUB