Um em cada três casos de demência pode ser prevenido

Atualmente, estima-se que existem cerca de 47 milhões de pessoas com demência, em todo o mundo. Mas este número pode subir para 131 milhões de pessoas, até 2050, se nada for feito para atuar e melhorar a saúde do cérebro.

Os estilos de vida podem desempenhar um papel importante no aumento ou redução do risco de demência. De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Lancet existem nove fatores que contribuem para o risco de demência:  perda de audição na meia idade, falta de investimento na educação ao longo da vida, fumar, não procurar tratamento precoce para a depressão, inatividade física, isolamento social, pressão arterial alta, obesidade e diabetes tipo 2.

Os investigadores concluíram que fazer algumas mudanças positivas nesses fatores de risco, como redução do tabagismo, manutenção do envolvimento social e prática de exercício físico, pode ter o potencial de atrasar ou prevenir um terço dos casos de demência.

Os sintomas iniciais de demência incluem perda de memória frequente e progressiva; confusão; alterações da personalidade; apatia e isolamento; e perda de capacidade para a execução das tarefas diárias. Com o agravamento da doença verifica-se agitação, comportamento motor aberrante, ansiedade, exaltação, irritabilidade, depressão, delírios, alucinações e alterações do sono ou do apetite.

O estudo recomenda ainda que as pessoas que sofrem de demência devem receber cuidados de saúde individualizados, adaptados às suas necessidades, preferências e prioridades individuais e culturais. E alerta que se deve intervir também junto dos cuidadores familiares que estão em alto risco de depressão.

A demência é o termo utilizado para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento da pessoa.  A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos.

 

Dr. Joaquim Cerejeira


PUB