Restauração “à beira da catástrofe”

Em causa está o ‘brutal’ aumento da taxa de IVA. Valor que, na opinião de Lino Abreu, não é suportável pelos empresários.

No próximo mês de agosto, os empresários da restauração vão ter que pagar o IVA referente ao segundo trimestre deste ano. No referido valor já está incluída a taxa de IVA de 22%.

O presidente da Associação de Comércio e Serviços (ACS), Lino Abreu, considera que o sector da restauração enfrenta “uma grande catástrofe” em termos de negócios. “A restauração foi um dos sectores que mais foi penalizado com este aumento de impostos. Foi um sector que sofreu um aumento do IVA, no espaço de 60 dias, de cerca de 146%”, apontou.

Lino Abreu considera, assim, que os empresários da restauração não estão preparados para “um aumento tão brutal”, referindo que os mesmos “muito dificilmente” podem repor o referido aumento no consumidor final, o qual também perdeu poder de compra.

“Só para termos uma ideia, os empresários da restauração que pagavam mil euros por trimestre vão pagar agora mais de 3 mil euros por trimestre. Muitos dos empresários vão ser obrigados a optar entre pagar os impostos ou pagar os salários dos seus trabalhadores”, frisou o responsável pela ACS.

Lino Abreu perspetiva, ainda, que muitos estabelecimentos da restauração encerrem as suas portas até ao final do ano. “Só este ano já encerraram – não por falência, mas sim por atos de gestão – mais de 174 bares e restaurantes em toda a ilha, o que significa a perda de cerca de mais de 522 postos de trabalho”, indicou.

Desta forma, o presidente da ACS defende que o governo tem de “estar sensibilizado” para o sector em causa. “É preciso no mínimo fazer regressar a taxa de IVA intermédia (12%). A restauração é algo fundamental numa terra que vive do turismo como a Madeira. É preciso também não esquecer que em cada unidade hoteleira as vendas da restauração representam um terço das receitas”, observou.

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