Greve da polícia resulta em 62 mortes no Brasil

Pelo menos 62 pessoas morreram em Vitória, capital do estado brasileiro de Espírito Santo, desde sábado, quando a polícia militar iniciou uma greve em em protesto contra a falta de investimento na segurança. O aumento da criminalidade envolveu homicídios, roubos e furtos.

Segundo um dirigente sindical, a cidade vive um “verdadeiro caos” no domínio da segurança e os seus habitantes estão nervosos perante os assaltos que têm ocorrido desde que os agentes decidiram entrar em greve. Os familiares dos polícias militares lideram as acções de protesto, impedindo a saída dos quartéis, porque os agentes têm estatuto de soldados e o Código Penal Militar pune com uma pena de até dois anos de prisão a sua participação em greves ou manifestações.

O Ministério da Defesa brasileiro autorizou o envio de efectivos das Forças Armadas “para garantir a lei e a ordem” na cidade, respondendo a um pedido do governador César Roberto Colnago à Presidência da República.

O exército começou a actuar nas ruas de Vitória com a presença de 200 militares, esperando-se que durante o dia de hoje cheguem outros mil. É um “paliativo”, considerou fonte sindical, porque “ o exército terá que regressar um dia aos quartéis e o crime ficará então livre.”


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