Emirates com quebra de lucro de 82%

A Emirates registou uma quebra de 82% no lucro do ano passado, indicador que se situou nos 340 milhões de dólares, com uma margem de lucro de 1,5%. Os dados constam do relatório anual da companhia relativo aos resultados apurados até 31 de março.

Esta foi a primeira vez que a Emirates viu o lucro descer desde o ano fiscal de 2011-12, uma realidade que a companhia explica com o “ano turbulento” que o sector da aviação viveu em 2016, com a desvalorização do câmbio, atentados terroristas, greves, questões relacionadas com a imigração nos EUA e o Brexit.

No total, a Emirates registou receitas de 23,2 mil milhões de dólares, no entanto, a companhia explica que o câmbio desfavorável, devido à “subida implacável” do dólar americano, teve um impacto de 572 milhões de dólares nas receitas.

Em relação a custos, a Emirates refere que a conta de combustível se situou nos 5,7 mil milhões de dólares, 6% acima do ano passado, o que a companhia atribui ao aumento da capacidade disponibilizada, uma vez que o preço do combustível até caiu ligeiramente.

Nos custos operacionais, a conta de combustível da Emirates representa agora 25%, quando no ano passado o peso do combustível representava 26% dos custos operacionais da companhia.

Além dos resultados económicos, a Emirates revelou também que, no ano passado, transportou um total de 56,1 milhões de passageiros, subida de 8% face aos resultados do ano anterior, enquanto o load factor foi de 75,1%, cerca de 1,4% abaixo do ano passado, quando este indicador foi de 76,5%, redução que se explica pelo aumento da capacidade e da concorrência em mercados prioritários, além da incerteza económica sentida em 2016.

Durante o ano passado, a Emirates aproveitou também para renovar a sua frota, tendo retirado de operação 27 aviões mais antigos e colocando 35 novos aparelhos em circulação.


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