Azores Fringe no Museu dos Baleeiros

No sábado 27 de maio, o Auditório do Museu dos Baleeiros abre as portas para os participantes do III Encontro Pedras Negras. Duas dúzias de escritores de várias ilhas, do Continente e do Canadá entre conversas, palestras e apresentações de livros, juntam-se para conhecer a ilha do Pico através dos seus escritores e da sua escrita. Elaine Ávila, oriunda do Canadá, conversa sobre a escrita teatral, enquanto Lisa Furtado fala das suas obras e experiências através de viagens e Camila Farge apresenta o seu livro em performance. Assim se inicia a parceria do Museu do Pico com a MiratecArts, para mais uma vez acolher uma fração do programa do festival internacional de artes, Azores Fringe.

Em junho, as terças-feiras estão reservadas para o Auditório do Museu dos Baleeiros. Música, dança, teatro e mais música compreendem um vasto leque de estilos de performance que vem desde a Estónia ao Brasil, passando por várias regiões de Portugal. 

A primeira terça, 6 de junho, arranca com a gaita de foles do músico português Gonçalo Cruz, mais conhecido por GaitaMaker. O seu concerto vai ser acompanhado pela flauta da Sofia Cosme. 

No dia 13 é a vez do luso-francês Luis Fernandes apresentar CACO: um concerto/performance de video arte e música experimental, eletroacústica, abstrata, poética, serrana e mutante, onde as imagens, em movimento, assumem-se como partituras musicais. 

No dia 20, a noite inicia mais cedo que habitual. Pelas 21h sobe ao palco uma parada de artistas multidisciplinares em performance. Vindos de São Jorge, Iuventute Virtutis, retornam ao Fringe com uma curta peça de comédia que questiona quem está mesmo a dirigir a obra. Luna, a palhaça da alentejana Maria Simões, também volta ao Pico com o solo “Foto de Família”. Uma nova coreografia de Sofia Sousa, a estreia de “O” por André Sousa e “Mãe D´água”  do PUF Coletivo, levam-nos até à dança contemporânea. 

Para fechar o programa, no Museu dos Baleeiros, dia 27, é mais música, desta vez, oriunda da Eslovénia e do Brasil: Julio Uça volta ao festival com “Canta Alagoas” que inclui musicas dedicadas aos Açores e inspiradas pela sua última viagem, há dois anos atrás. O duo de artistas da Eslovénia, Katja Šulc e Neja Tomšič estreiam-se em Portugal. A colisão das duas, magna & alaska, será uma performance experimental baseada em poesia, voz, efeitos loop e projecções visuais – uma atuação que enquadra perfeitamente no espírito Fringe e encerra esta parceria com o Museu do Pico.

Azores Fringe faz parte da rede de mais de 250 festivais de artes no mundo, onde artistas apoiam artistas. Fringe começou em 1947 em Edimburgo na Escócia. Azores Fringe celebra cinco anos com mais de 300 artistas e 70 eventos nas nove ilhas dos Açores