Candidatura de Albuquerque “tem de ser nacional, não para questões domésticas”

«Em nome do Interesse Nacional» intitula um artigo de opinião do ex-presidente do Governo Regional da madeira, Alberto João Jardim, na sua página no Facebook, e que foca sobre a candidatura de Miguel Albuquerque à Presidência da República:

«Em toda a minha vida pública, dei prioridade ao Bem Comum, secundarizei divergências pessoais, desprezei a mediocridade e o provincianismo inculto. Sobretudo numa tive pachorra para aturar os traumas e os complexos dos falhados politicamente.

Fi-lo sempre no Interesse Nacional. Precisamente porque a Madeira sendo Portugal, o Interesse da Madeira também incorpora sempre o Interesse Nacional.

Como tal, não se separa do da República Portuguesa.

É a República Portuguesa que, na formulação do Interesse Nacional, tem a OBRIGAÇÃO de compatibilizar, de conciliar, tudo o que de interesse de TODAS as suas partes.

Senão, é o favorecimento de uns em prejuízo de outros, circunstância em que é legitimo, obrigatório mesmo, o Povo Soberano considerar incompetentes os governantes nacionais

A candidatura de Miguel Albuquerque à Presidência da República tem de ser uma candidatura nacional, não para questões domésticas, fundamentalmente com o objectivo de devolver Portugal aos Portugueses.

A dupla Costa-Marcelo travou um projecto de regionalização do Continente que está pronto na Assembleia da República, que custou à volta de meio milhão de euros aos Contribuintes, e em relação ao qual, por todo o País, ouvimos ser desejo dos Portugueses.

Ao travar a regionalização do Continente, a dupla Costa-Marcelo deixou tudo na mesma. Todo o Portugal submetido aos poderes de Lisboa, principalmente aos grupos de pressão, nomeadamente económicos e alguns destes estrangeiros.

Costa e Marcelo, desta forma, violam o Interesse Nacional.

A candidatura de Miguel Albuquerque constituirá a candidatura de alternativa à do candidato do Secretário-Geral do Partido Socialista, António Costa.

António Costa não é um estadista. A crise do COVID, demoras, indecisões, lacunas, etc., confirmou-o.

A política de Costa foi sempre a do interesse partidário do PS e não conforme o Interesse Nacional. Foi funcionário do Partido, não foi Estadista.

Obviamente que, nesta situação, não se pode apoiar o candidato de António Costa.

Como mandam a coerência e a própria lógica que Rui Rio não apoie o candidato do Secretário-Geral do Partido Socialista, depois das inoportunas e indevidas aproximações do Palácio de Belém aos seus adversários internos e em período eleitoral para os Órgãos nacionais do Partido Social Democrata.

A Direcção nacional do PSD deve apoiar um candidato próprio ou, NO MÍNIMO, sugerir a liberdade de voto. A dupla Costa-Marcelo não resolveu as questões mais importantes das Regiões Autónomas, desta forma contrariando o Interesse Nacional.

Jamais reconheceu o patriotismo do Povo Açoriano e do Povo Madeirense que, ao contrário de outros Povos e problemas gravíssimos no seio da própria União Europeia, NÃO SOMOS SEPARATISTAS.

Em vez de a todos nos juntar e motivar na UNIDADE NACIONAL, a política deles é a da imposição centralista de um “Estado unitário”.

Finalmente, em coerência com aquilo que penso ser necessário e urgente rever no Sistema constitucional de 1976, para termos um Regime democrático capaz, não posso apoiar uma candidatura que já se assumiu como tragicamente situacionista nas presentes condições de Portugal, que não aceita rever a Constituição.

Situacionismo português onde, como é costume, alguns recorrem ao jogo sujo.

A estratégia é o confronto político democrático no terreno do principal obstáculo aos Portugueses, que é Lisboa, sem a obsessão dos votos.

Não passa pela cabeça de alguém com bom senso, provocar eleições regionais antecipadas na presente crise sanitário-económica.

As circunstâncias são diferentes de 2007 e há que observar uma lealdade rigorosa com o parceiro de Coligação».


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