Taxistas desvalorizam medidas para as plataformas electrónicas
Os representantes dos taxistas desvalorizam as medidas anunciadas para a legalização da Uber, afirmando que o objectivo do Governo da República é “desmobilizar a grande concentração marcada para 10 de outubro”.
“São notícias da parte do ministro que não têm qualquer significado. O objectivo é desmobilizar a grande concentração do dia 10, mas só vêm mobilizar ainda mais o sector”, garantiu esta segunda-feira o presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida.
Foi a resposta ao ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que revelou a vários jornais a existência de um decreto-lei que regula a actividade das plataformas electrónicas de transporte de passageiros, como a Uber ou a Cabify.
O diploma do Governo passa a exigir aos motoristas destas plataformas uma formação inicial no mínimo de 30 horas (os taxistas têm hoje 150 horas de formação) e um título de condução específico. Além disso, os carros das plataformas não podem ter mais de sete anos, passam a ter de estar identificados com um dístico, terão de ter um seguro semelhante ao dos táxis e serão obrigados a emitir uma factura electrónica. Também não podem circular na faixa Bus dos transportes públicos, estacionar nas praças de táxi ou apanhar clientes que não os tenham chamado através da aplicação.
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